INFIMA ESPERANÇA


 
Eu bem mereço a prisão perpétua,
 
com trabalho forçado, algemada.
 
Os momentos que roubei de você,
 
valerão por uma vida inteira, fui tua!
 
Incenso, mirra, fuga em orgias, nua.
 
 
Depois de ser condenada culpada
 
e ser apedrejada pelo mandamento,
 
eis que na montanha do meu exílio,
 
surgiu uma cabisbaixa esperança,
 
brotando nas fendas do pensamento.
 
 
Foi meramente um brilho em seu olhar,
 
um toque esguio de suas mãos úmidas.
 
Não fui inocentada no julgamento final,
 
Fui condenada a um cárcere privado,
 
enquanto fostes liberto por meu pecado.
 
 

 
 

Railda
Enviado por Railda em 20/01/2011
Reeditado em 08/11/2013
Código do texto: T2741427
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