ENFIM...SÓ EU COMO SEMPRE

Qual a razão de não querer

esse amor tão presente, tão teu?

Será que é pela intensidade,

e por ser tão real?

Será que a repulsa vem

porque este sentimento é sincero,

e reclamante até quando não a vejo

em meus sonhos? Mas, eu te amo tanto!

Por que não posso viver

do teu carinho,

do brilho que vem dos teus olhos,

por que do espinho dos abrolhos?

Por que somente a minha voz

se faz presente, e

quem retirou

a sua foto do porta-retrato,

meu hábito diário

como se fosse meu pôr-do-sol?

Pelo tempo que faz,

será que imagem se desgastou

de tanto chorar sobre ela,

e só ficou o moldura de pedra?

Ah! Que tristeza.

Continua comigo

a visão de um aceno que ainda

baila ao léu,além da sensação

das arranhaduras provocadas

por um plangente adeus.

Enfim....só eu, como sempre...

dialogando com ninguém,

a não ser com a lembrança

viva de alguém...

Wil
Enviado por Wil em 26/10/2006
Código do texto: T274037