ENFIM...SÓ EU COMO SEMPRE
Qual a razão de não querer
esse amor tão presente, tão teu?
Será que é pela intensidade,
e por ser tão real?
Será que a repulsa vem
porque este sentimento é sincero,
e reclamante até quando não a vejo
em meus sonhos? Mas, eu te amo tanto!
Por que não posso viver
do teu carinho,
do brilho que vem dos teus olhos,
por que do espinho dos abrolhos?
Por que somente a minha voz
se faz presente, e
quem retirou
a sua foto do porta-retrato,
meu hábito diário
como se fosse meu pôr-do-sol?
Pelo tempo que faz,
será que imagem se desgastou
de tanto chorar sobre ela,
e só ficou o moldura de pedra?
Ah! Que tristeza.
Continua comigo
a visão de um aceno que ainda
baila ao léu,além da sensação
das arranhaduras provocadas
por um plangente adeus.
Enfim....só eu, como sempre...
dialogando com ninguém,
a não ser com a lembrança
viva de alguém...