O primeiro estado do amor, um adeus!

O último adeus de quem ama

como se fosse à primeira vez

de quem nunca amou;

eis o casto amor!

- Amava, não amando, e sem saber,

viveu a idealizar o momento

de poder algum dia saber o que é amar,

e de verdade, nunca foi infeliz.

Até saber...

Se o amor, dura até saber que se ama,

amar é sonhar um desejo de amor.

Talvez, um último adeus à inocência...

Um último adeus de quem ama

declama num ínfimo instante

o sentimento, a poesia, e o vislumbre

que realça, sem que seja julgado pela razão própria,

(e a vista do que realmente é o amor)

que se importa com a sua essência na totalidade.

E o sonho, o sonho emudecido, imaculado,

entrega-se em devoção ao Único Amor,

Oceano de todas as torrentes...