POTE DE MÁGOAS
Nas vias mais cautas
Deixei minha sorte
Nos sonhos de um nauta
No risco mais forte
Nas linhas das pautas
Deixei os meus versos
Distantes da morte
Nos meus vãos imersos
Feri o papel
Com teu nome
Que me consome
Verso-escarcéu!
N’aurora de poesias
Quem me dera te visse
Mas, eu bem que me disse;
Eram só fantasias!!!
Tudo é ilusão
O verso, a espera,
A aurora amarela
O amor, o perdão...
Vou fechar meu caderno
Chove agora, é inverno
O papel quer umedecer
Com as gotas de água
Ou com o pote de mágoas
De mim a escorrer...
Aarão Filho
São Luís-Ma, 18 de janeiro de 2011.