FAMINTOS DE AMOR!
Sinto enorme incontida vontade
De viver cada minuto novamente
No jeito, na forma, no conteúdo
Onde os dois estão possuídos
De estar com os corpos colados
A respirar sensual o mesmo hálito
Bebermos juntos essa mesma sede
Um jogando o outro contra parede
Vontade insaciável que não pára
Incontrolável e sadia que arrasa
Como lareira ardendo em brasa
Que a tudo devora e se alastra
É o fogo que das entranhas cura
Vontade que não cala dentro de mim
Grita, geme e nem vai se calar nunca
Porque é plena e arde do inicio ao fim
Delícia das tuas carícias a roçar a nuca
Desejos bem frementes ternos e eternos
Que pulsam frenéticos em meu ventre
Em meus espaços que você preenche
Assim me sinto amado e enamorado
Vontade de ter tudo, tudo novamente
Vontade... Desmesurada como o de fruta
Que anseia pelos beijos que a desfrute
Meus desejos insanos e sobre-humanos
Só te chama e a cada hora implora
Vontade louca de dentro para fora
Naquele quarto onde só a penumbra
Testemunha em meio às sombras
Que não é nosso... Pleno de volúpias
Naquela que não é a nossa cama
Nos lençóis esparramados de cetim
Quer saber? Estou muito a fim!
Eu sou essa mulher na prova de fogo
Que toda noite te ama bem assim
E sozinha aqui mais uma vez te chama
Vem! Possui-me! Sem dó e nem pena...
Estou pronta! Faminta! Sedenta! Inflama.
Antes que essas chamas me devorem...
Duo: Rosinha Alves Jardim e Hildebrando Menezes