Ainda te amo
Vê-de o poente calmo sobre as serras
e sinta a brisa sobre as veredas soprando,
levando as marés de ontem ao pra sempre:
deleite de teu olhar e sorriso de calma
onde escondes-te esta parte que finda meu ermo;
tão dolorosa és tua falta trazida na brisa
escondida entre o poente e o entardecer,
que arrastou-me pelas marés atrás de mim
e que nada encontrei longe de ti, meu amor;
mas onde nasce e põe-se tua presença vazia
eu aqui estarei esperando entre estações
que o tempo leva e traz como a maré,
que a brisa anceia por te sentir
e que o poente morre por te querer.