E eu Peço-te…
Para ficares
Sabendo que não o farás
Eu peço-te
Para olhares para mim
Mas teimas em não o fazer
Olhas para a minha frente
Ou por detrás…
Daquilo que eu disse
Daquilo que fiz
Num momento de desilusão
Em que abri
Uma espécie de buraco no chão…
Onde enterrei sem o querer
O que nos unia
A linguagem disléxica
Que tinha por fim conseguido descodificar
E foi nessa altura que pedi a presença
A tua
Mas olhas-te demasiado fixamente para o tal buraco
E assim
Apesar de to pedir
Sabia
Que nunca irias ficar…
Porque olhas para mim
Como se eu fosse invisível
E aquilo que te digo
Da minha voz para ti
É perfeitamente inaudível
Aquilo que sinto
Achas demasiado belo
E por isso
Achas tal
Simplesmente impossível…