Soneto da negação
E não adiantava você novamente pedir
Para que um poema a ti eu não escrevesse
Pode dizer que não queira e por isso insistir
Que desobedeço mesmo que não merecesse.
Pode até não ler, não gostar, podes fingir.
Pode dizer que leu e teu coração adoecesse
Mas não adianta, pois eu vou persistir
Mesmo dizendo que existe desinteresse.
Pois apenas escrevo o que está no meu coração.
O que em você observo e me contento.
Com apenas em ti pensar e também observar.
Poema pode apenas para ti ser uma invenção.
Tento descrever tua alma que em meu pensamento.
Não faz nada além de fingir que não quer me amar.