Minha Amiga Heleninha
Maria Tomasia
 
 
Numa tarde primaveril,
como há muito não se via,
acamparam, nas cercanias,
ciganos cheios de alegria.
 
O povo, com os ciganos,  dançava
animado e ao bando se mesclava.
A noite chegou, espargindo
um aroma etéreo, indefinido.
 
Uma ciganinha apareceu
e o povo mais se entreteve:
era a famosa Heleninha
- mulher e menininha.
 
Dançava como ninguém,
era bonito o seu vaivém.
Perfume seu corpo exalava,
e, a cada passo, o vento espalhava.
 
Nas montanhas de Belém, foi criada
 e por todo o mundo foi levada.
Tinha cultura e falava bem,
era respeitada como uma virgem.
 
Jóias raras a adornavam,
ainda mais fascinante a deixavam.
Cabelos salpicados de estrelas,
era a mais bela de todas elas.
 
Assim era a minha amiguinha
que eu chamava de rainha...
Nossos destinos se separaram,
pra outras terras, a levaram.
 
07/01/11
 
Maria Tomasia
Enviado por Maria Tomasia em 15/01/2011
Reeditado em 15/01/2011
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