A verdadeira fantasia
O silêncio,
Esse silêncio de dias e noites,
Que passam sem deixar rastros,
Cada dia igual, como se todos fossem os mesmos
O céu sempre o mesmo,
Azul, limpo e bonito,
Ou então nuvens carregadas do calor da terra;
ora ainda, com uma bela lua,
nova, nascente, crescente, cheia ou minguante,
Mas sempre essa mesma dança natural,
No movimento compassado,
coerente e contrastado,
Mas apesar de tudo simples,
De tão simples,
Magnifico! Surreal !
Um sol que aquece a todos,
A chuva que refresca a nossa terra,
a névoa, o orvalho, os aromas,
o silêncio da humilde naturalidade,
que por toda sua beleza,
não diz uma só palavra,
Calma... Serena..Porém gloriosa
Imparcialidade essa que me tortura,
De um sol que nasce pra todos,
De uma lua que com sua canção silenciosa
Dispensa o sono sobre os homens,
acompanhada de elegantes luzes,
Estrelas... nossos sonho flutuantes,
embelezando o céu,
Que anunciou a hora de sonhar,
a hora em que até mesmo a natureza
resolve descansar,
Pois nos da licença pra voar,
vencer tudo,
Criar o que nunca houve,
ou se até mesmo cairmos em abismos profundos,
a certeza de não se machucar,
E tem gente que ainda diz
Que isso tudo é abstrato,
e esse silencio da natureza
que não prova ao contrario,
talvez porque não precise provar nada,
pois enxerga, aquele que quer ver,
que esse é o mundo real,
que no princípio foi assim
Grande, mas simples,
E continua assim até hoje,
E mesmo sem nenhuma palavra
ela fala a aquele que quer ouvir
que abstrato é o mundo em que vivemos,
essa utopia toda superficial,
Onde homens iguais se julgam diferentes,
se julguem melhores,
E talvez sejam mesmo,
nesse teatro de loucos,
chamado sociedade,
Isso prova que fantasia,
não é amor, não é amizade,
Pois isso sempre foi a realidade,
E sim essa mentira
Alimentada através dos séculos,
de homens iguais, que se acham diferentes...