PERDIDO DE AMOR...
PERDIDO DE AMOR...
Já nem sei que dia é hoje,
nem que horas são agora...
No peito uma dor pulsa e ruge,
E o pensamento é só imagens,
sons e gostos de outrora!
Perdido em caminhos já trilhados,
não encontro hoje novos caminhos...
E nada faz sentido, como ontem...
Mas, o que importa, afinal, o dia que corre,
e as horas que se desvanecem,
e que pouco a pouco se vão embora?
Se você se foi, e eu estou só, tão só?
E mesmo assim, nesta solidão, estás comigo:
Dormindo, acordando, feito minha sombra, meu reflexo!
Mas, só uma sensação, muda, insossa, de tão incorpórea...
O que este amor fez comigo?!
Sinto-me Tanto imóvel, tão paralisado, tal estátua!
E o meu tempo e as minhas horas,
como se um dia tivessem sido meus,
são aqueles de quando estavas aqui!
Com um brilho nos olhos!
E um sorriso maroto na face,
tão deliciosamente, maliciosamente, escancarada!
Edvaldo Rosa
15/01/2011
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