PRAZER

Entre uma e duas da manhã,
entre quatro paredes claras,
entre lençóis,
entre teus braços e coxas,
entre pensamentos lúbricos,
lúcidos no momento,
entre a compreensão e o delírio,
estou.

(Poderia estar cruzando a madrugada,
com idéias outras de perda e sofrimento,
mas fui resgatado por teu amor
e, segurando a tua mão, sigo
ao meu destino absoluto:
és a prova da existência do bem.)

Entre nós e o sono, o teu olhar dizendo
entre!