SOCORRO
SOCORRO
Venha amor cuidar de mim.
Venha no amor, ser a minha enfermeira.
Traga as injeções de carinhos,
Medidor de pressão e sua braçadeira.
Eu preciso dos seus cuidados e remédios,
De suas mãos suavizando-me em massagem;
Que arranque desse corpo a dor da saudade e,
Leve-me numa maca para uma grande viagem.
O meu estado é deprimente! Dor da solidão:
Tenho dor nos olhos por não te ver;
Tenho os ouvidos surdos por não te ouvir;
A alma sangrando por tanto te querer.
No hospital do seu corpo, sei que vou sarar.
Na enfermaria de seus lábios tem a minha pomada.
No aperto de seus braços está o meu repouso.
E na coberta de seus cabelos a minha pele fica suada.
Socorra-me amor! Vista o seu coração de branco.
Não coloque suas luvas, quero a sua infecção.
Você é o preparado, a dosagem certa do coração.
É a estufa completa para secar o meu pranto.
Benjamines