A Cigana e o Lobo
(Najah ÐL®)
Danço ainda nas fogueiras esquecidas,
- qual Cigana em sua trajetória louca -
vou ao deserto, sem véus, nas desditas,
buscando o oásis da minha voz mais rouca;
Onde passava, pelas matas, mais orgulhosa,
- trajando uma nudez à olhos perigosos -
que espreitavam com a sanha majestosa
de um forte bicho, com desejos poderosos;
Que com seu pêlo lustroso, o morro subia,
uivando macio, chamando a fêmea estranha
e ela dançava uma lenda em gozo até o dia
abrir-se no clarão fecundo de sua entranha.