Cochilando na poesia
A poesia deitou-se no meu ombro devagar
Olhando o sol por uma brecha do teu olhar
Adormeceu quase cedo,
parecendo o sossego da noite de luar...
A poesia preguiçosa tentou escrever em prosa
Mas, logo se acomodou
Na espreita do teu sorriso,
ouviu o guizo que cedo encantou...
Depois, saltitou como criança travessa
Que mais que depressa, não vê a noite chegar
Avizinha-se da verdade
e, sem pressa, nem maldade, vai cochilar...
A poesia agora descansa no teu corpo macio
nestes dias de vazio, preenche-se do teu levitar
Acalenta a saudade
e, na madrugada, desperta para te amar...