Lavei
Enquanto o meu corpo estiver submerso
Enquanto a minha alma estiver no inverso
Enquanto tudo aquilo que for novo, ser novo
Posso tentar me enrolar, me perder em fogo
Aquele que dizem arder sem se ver
Muito menos sinto quem dera ver
Não digo que até agora vivi na mentira
Não na maior delas, mas com certeza eu diria
Sou na verdade um bruto mentiroso
Que não sabe mentir, parece piada
Todas as vezes que menti, não menti
E quando disse a verdade, não senti
Espero ter entendido a metáfora
Essa dos lençóis sujos, das suas paixões
A verdade é que não sabe como falar
Antes de partir, já havia colocado o lençol para lavar . . .