Lábios Macios

Vem beijar lábios macios, pois os teus, eu quero de toda a alma...

Cheguem-se teus desejos, eles clamam feito ruído de matas e bosques,

Olhando atentamente para teus olhos, sabe, vi algo forte,

E enxergando assim, senti o murmúrio de um colibri, uma andorinha,

E ouvindo, senti o mesmo rouxinol que Shakespeare mencionara ,

Será a cotovia que acorda a cada amanhecer...

Com ela há o canto de um espanto...

O trovador com cordas já não existentes...

De guitarras antigas, instrumentos de cordas...

O dizer já antiquado, que há mui gran sazón,

Mui gran tempo, eu sonhava encontrar um jardim,

As flores estavam todas belas, eu respirei o ar límpido,

Senti o oxigênio nos pulmões, e bebi de cristalinas águas

Do teu carinho e atenção a alguém que nunca mereceu,

Serei eu quem nada merece...

Sequer um pouquinho de teu calor...

Meus pés eram lindos, lindos,

Eles andavam com sandálias masculinas, e de charme,

E os que tenho hoje, são pés que vão a caminhos sem saber...

Caminhando nas areias dum deserto...

Nas praias, à noite, vendo o luar ainda, e refletindo,

Na luz de prata sobre o mar...

Nunca enviaste aquele olhar...

Wanderson Benedito Ribeiro
Enviado por Wanderson Benedito Ribeiro em 09/01/2011
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