POETANDO
Vesti-me de sonhos. Um Pierro sem carnavais
O carteiro de bolsos vazios
Eu sou como uma andorinha solitária
Descansando em frios fios de metais
Choro lágrimas que já nem caem
Eu insisto em músicas cansadas
E minhas baladas são sempre sem ritmo
Feito ecos vazios de gritos sem alma
Mas eu... Eu sou poeta!
E mesmo quando o peito desafina
Eu busco nos olhos... Num trejeito
Algo como um sorriso de canto
Igual sedução de menina
Porque nada me é suficiente.
Minha vida é de mentira
Meu sonho é de fumaça
Faço das rimas um cobertor, E quando escrevo
É o mais perto que eu chego... Do amor!