Desvario
Quero ter-te,
como quero ter-te,
e se não for possível ter-te...
não sei mais o que fazer!
O amor que se perde
é o mesmo amor que se acha.
Quero ver-te,
como quero ver-te,
pessoal ou ilusoriamente,
em fotos, desenhos, poemas
ou até sonhadamente, surrealmente.
Sonharei sim...
Sonho sempre...
Quero ouvir-te,
e se ainda for difícil,
quase impossível,
recriarei os diálogos nos ouvidos
e ficarei a lembrar de ti...
Assim... De um jeito que só eu sei.
Quero beijar-te a boca
e sentir os teus lábios nos meus...
Quero sentir-te de um jeito só meu...
Quer escrever-te palavras e palavras
resumidas em três vocábulos
há tempos ditos ao telefone.
Quero o teu ombro esquerdo
pra apoiar a cabeça,
de um jeito meu...
Quero não mais chorar ao lemmbrar das razões,
foram tantas,
e me perco no real significado de tudo.
Quero apenas outro momento de cumplicidade,
adivinhávamos o fim de frases...
Quero ser-te...
Desvario...