VEM!

Vem, me salva, me resgata

Tire-me desse mar de agonia

Faz de minha vida simples regata

Em mar calmo e sem ventania

Vem, não demora

Cada minuto parece uma eternidade

E já não sei se sou ou serei agora

Aquela capaz de te dar suavidade

Vem, não tenha medo

Posso parecer um tanto agressiva

Mas não passo de um arremedo

De uma alma totalmente compassiva

Vem, pelo menos tente

Pode até ser que de certo

Só quem corre riscos de frente

Poderá saber se vale à pena estar perto

Vem, mas venha desarmado

Deixe eu lhe mostrar o que sinto por dentro

Prometo que meu coração desarvorado

Não será pra você motivo de descontento

Vem, mas vem agora

Tenho que ter certeza do que se passa por essa cabeça

Antes que eu saia pelo mundo afora

Ou até antes mesmo que eu enlouqueça

Vem.

Estarei aqui te esperando

Com o coração pulsando a mil

Quem poderá afirmar até quando

Baterá em mim esse coração juvenil...