SABOR DE MAÇÃ

Deitado na cama
Repentinamente me volta
Lembranças de outrora
De tempos longínquos
Eu entre falácias e falésias
A ti possuir...
Nótula sempre viva em mim
Ao alvorecer do dia posterior.
Tresnoite prazerosa
Ao raiar o sol
Na areia molhada
Dois corpos seminus
Sedentos, suados,
Quentes, cansados,
Quase sem forças.
A dormir profundamente
Num silêncio sôfrego.
O orvalho a cair
Ofegância afã
Ânsia a sufocar
Âmago dilacerante
Gosto inconfundível
Sabor de fruta
Maçã do amor
Gosto de rancor
Overdose de martírio e dor.


Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 07/01/2011
Reeditado em 07/01/2011
Código do texto: T2714214
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