Sem Marcas.
Já quis eu ser boa demais
em tudo... em tudo...
Terminei exausta,
culpei o mundo.
Hoje quero um jardim,
um Kindle, canetas e papéis,
ciquenta metros quadrados
que guardem a minha, a nossa intimidade
e, nos momentos de prazer,
compor odes à liberdade.
Na alegria e na tristeza,
por ofício e por vontade,
ler e escrever.
Não quero nosso passado,
a apresentar suas marcas.
Sua insegurança e instabilidade,
meu pessimismo e sensibilidade,
a afiar suas facas.