Sem Marcas.

Já quis eu ser boa demais

em tudo... em tudo...

Terminei exausta,

culpei o mundo.

Hoje quero um jardim,

um Kindle, canetas e papéis,

ciquenta metros quadrados

que guardem a minha, a nossa intimidade

e, nos momentos de prazer,

compor odes à liberdade.

Na alegria e na tristeza,

por ofício e por vontade,

ler e escrever.

Não quero nosso passado,

a apresentar suas marcas.

Sua insegurança e instabilidade,

meu pessimismo e sensibilidade,

a afiar suas facas.

LUCILA GRACINDA
Enviado por LUCILA GRACINDA em 06/01/2011
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