CACOS...
Aos cacos está meu coração
que outrora pulsava amor,
aos cacos está a minha ilusão
de que quem ama não sente dor.
Pelo chão encontram-se esperanças
de que a terei novamente,
igual tirar doce de criança
arrancastes o que em mim batia loucamente.
Cacos de momentos "felizes"
vividos por nós,
mas igual uma escrita de giz
restou-nos o pó.
Cacos, nada, ilusão,
que coração tens tu pequena?
Que fazes de mim um cão,
um protagonista dessa triste cena.
Aos cacos nas ruas de São Luís
encontra-se quem outrora sabia viver,
mas, se queres me ver feliz,
junte meus cacos para você.