Vida - Canção para uma Rainha.
Não me puno ou me condeno
Ao que o tempo me consome; vivi.
Posto que seja chama e se consome em mim, envelheci.
Fiz da neve meus cabelos, rugas enfeitam meu rosto hoje envelhecido, mais velho.
Fiz da vida festas, devaneios insensatos na doce ilusão e prazer de uma vida que não finda.
Não me canso, não me calo.
Fruto de um amor soberano, fui nesta vida um amor absoluto.
Vivi a intensidade de paixões loucas e desenfreadas , a sordidez de corpos ardentes e sôfregos, sedentos de insano prazer imediato.
Fui parceiro, fui amante.
Sorvi cada gota do vinho inebriante da luxúria e do prazer.
Se hoje , vencido pelo tempo silencio é por que um dia a luz cruzou em meu caminho,
E com sorrisos e beijos e afagos intermináveis fez de meu corpo sua morada, de minha alma o seu abrigo.
Hoje minhas noites tem alento, minha vida companhia , meu coração uma dona.