Percorrendo uma Estrada
PERCORRENDO UMA ESTRADA
Eu caminho numa estrada,
Só e pensativo
Era tarde da noite,
E o Vento tocava no meu rosto...
A lua iluminava o meu caminho solitário
Andei vários quilómetros e de vez por outra
Eu ouvia a voz do Vento
Ele dizia – me o teu nome,
Dizia-me que devia ir atrás de ti...
Porém de súbito a Solidão chegava
E calava a voz do Vento
E mais uma vez lá estava eu perdido
Em meus pensamentos
Só; sem nenhuma companhia
Porém; o Vento persistente que era
Ao ver – me só e abandonado
Voltava a fazer – me companhia
Seu som era doce, meigo, tenro
Naquele momento ele era tudo que eu
Tinha ao meu lado, era meu amigo,
Companheiro de jornada...
Mas a Solidão insistia em me maltratar
E calava a voz do Vento
Caminhei por toda a madrugada
Sem ao certo saber que rumo seguir
Meus pés cansados,
Já não deixavam – me seguir em frente...
Então; parei; e ali naquele banco do jardim,
Adormeci pensando em ti