Amor, Proibido Amor...

Amor, Proibido Amor...

A chuva caía lá fora.

Pelos vidros da janela fechada,

Escorriam os pingos que, indo embora,

Empoçavam o chão daquela fachada.

Lá dentro eles estavam sozinhos,

Parados, um na frente do outro.

Nenhuma palavra havia sido dita,

Não houve ofensas, nem tampouco carinhos.

O silêncio fazia-se extremamente agudo,

Mais alto do que qualquer ouvido pode suportar.

Mas ela insistia em ficar calada e ele, mudo.

Talvez ambos precisassem de, aquela situação, experimentar.

Ela fecha seus olhos, ele também.

Os lábios se cruzam, o silêncio não é quebrado,

Afinal, o amor não requer palavras, ele vai além.

E eles se amam como jamais haviam amado.

A chuva cessou, a noite caiu

E da forma como ele entrou, saiu.

Ela ficou, tinha muito que arrumar,

Pois um amor proibido, seu rastro, não pode deixar...

23/10/2010; Duque de Caxias RJ

Diogo Gomes de Andrade