Caminhando Agradeço Três Vezes

Caminhando Agradeço Três vezes.

Mais um ano chega ao fim,

São doze meses de caminhada.

Em que os acontecimentos vieram,

Tornaram-se reais e passaram.

Tristes ou alegres,

Caíram todos no baú das lembranças.

Os anos dividem o tempo,

Mas não dividem nossa busca;

Que se inicia, mesmo que inconsciente,

No momento em que nascemos.

As memórias guardadas agora,

Misturam-se a outras.

Àquelas: as “de antes”.

As raivosas, infantis, felizes, amargas,

Barulhentas, surpreendentes...

Ou seja, são iguais às novas.

Que são: raivosas, felizes, amargas,

Barulhentas, surpreendentes...

Parecem iguais;

Por que estão juntas e misturadas,

Nas sombras do balaio das memórias.

Discordo!!

Para mim são as “de antes” e as “de depois”.

“De antes”: A procura era mais ampla.

“De depois”: Algo a menos na procura.

Agora ela não é mais leve.

Pelo contrário,

Mas é menos solitária.

Soube que encontrei uma parte do tesouro,

Quando num girar de respostas da internet;

Deparei-me com suas palavras,

Acompanhadas de sua foto.

- 1 -

Agora caminhamos juntos.

Eu: busco Eldorado.

A terra onde caem as flores amarelas,

Que ao tocar o chão viram livros,

Contendo toda a sabedoria humana.

Onde baleias Orca,

Transformam-se em balões

E saltam em piscinas de água doce.

Para delírio das crianças,

E felicidade de minha inspiração.

Você: busca castelos bem planejados.

Feitos de ângulos retos,

Que saem da linha de sua imaginação.

Dá segurança a quem te acompanha.

Pois faz virar um brinquedo,

O que para os outros é um dragão.

Você pilota, quer que eu seja seu navegador.

Fico lisonjeado e orgulhoso;

Mas as estradas firmes de seu caminho,

Fazem parte de um mapa que desconheço.

Ainda assim, te acompanhando, sorrio.

Por que mesmo não podendo dizer:

“Vire a direita ou vire a esquerda”.

Seguro sua mão e digo:

“Estou aqui”.

Agora ando feliz com a soma “eu e você”.

É ótimo acompanhar alguém,

Que da lama da incerteza,

Faz brotar o asfalto.

- 2 -

Porém,

Enquanto pulamos de pedra em pedra,

Sobre o riacho da incerteza.

Alguém, da margem oposta;

Após os obstáculos e árvores,

Fixamente nos olha.

É um guardião que nos aguarda.

Do outro lado do rio, nos dará um abraço.

E, de lança em riste,

Correndo ao nosso lado,

Fará nossa escolta.

Para mostrar o caminho de Tróia.

A terra de Eldorado,

Construída de castelos bem planejados.

Divino Carvalho