Depois…
De abraçar os teus braços parti de novo para a grande aventura
De me aventurar no território desconhecido
Que se estendia perante mim
Rostos e pessoas
Que eu temia
Pelo acto de saber nunca os iria entender
Pela simples e difusa razão
Que sou mesmo assim…
De abandonar zonas seguras
Por onde devia andar
Porque certos destinos
Aprendi a desenganar…
Porque não gosto que se feche a vida numa caixa
E que depois
Se passe outra vida a lamentar
O tal destino
E que não é nele
O nosso lugar…
Porque não admito chavões
Nem frases feitas
Um tipo de tiranias
Um tipo de arbitrariedades
A existência pertence a cada um
E não ao iluminado ou iluminada
Que julga ser detentor
De uma espécie de verdade…
E por isso
Na nossa grande altura
Tive que te deixar
Porque quando devias ter falado em “nós”
Disseste “eu”
Porque não acreditavas
Que eu longe de ti
Pudesse florescer
Porque o amor
É uma palavra
Que os dois
E não apenas um
Deve colher…