2 parte romance, ha alma do mundo
E entre a incerteza de um dia ver, aquela linda moça frente a frente, e também com as duvidas que perguntava somente para mim mesmo, será que vou voltar há vela novamente. E com isto o resto da semana voou, e nem vi chegar o fim da semana, e como sempre as energias se renova, a esperança pulsa firme no peito, e os desejos querendo encontrar o prazer ficando a flor da pele. Como sempre tinha o que fazer, correr atrás de um bom rabo de saia, e quem sabe encontrar aquela dana dos sonhos incandescente e adormecido que aquece e acalma há alma. Mais deixa pra lá haustório, e como o sábado chegou sem eu perceber, à tarde na sede da fazenda não me fez de esquecido, tratei logo de pegar o meu alazão e selar bem selado, e deixar ele pronto para o desfile. Ai despediu da peonada toda, anotei no alazão e cavalguei para o meu lar, e ali o amarei debaixo do PE de laranjeira, e fui tomar banho e me arrumar para a festa, e com isto o dia foi sedento teu lugar a noite que veio trazendo contigo as estrelas a pontilhar o firmamento mansamente trazendo de presente a lua já quase em seu novo ciclo, com isto acabei de ajeitar, usei um pouco de perfume, tomei a bênção do papai e da mamãe, amontei no alazão e cavalguei em direção da venda para ajuntar aos companheiros de festa. Lã na venda já tinha alguns esperando, mais também faltavam os retardatários, e ai enquanto esperava já que íamos para festa uns bebia cachaça outros jogava sim uca, e por ali ficamos um bom tempo. E nesta daí você sabe sai um assunto daqui outro dali, chega um e outro e com isto, em pouco tempo a venda estava cheia de vida, ate que chegou os retardatários, cheios de pressa e arrumando muitas desculpas, e com isto já tinha escurecido, e mos tinha mais ou menos umas duas léguas e meia para cavalgar, isto para chegar ate o baile, que era do outro lado do rio, lá em cima perto do campo de futebol.
E ai fizemos, mais uma horinha por ali na porta da venda, montamos nos cavalos e saímos num afoite danado sempre a mesma turma, éramos uns oito ou dez mais ou menos, e o alazão suspirava querendo galopear,e eu assegurando com as rédeas bem firme nas mãos, só que ele queria por que queria voar, igual ao meu coração. Iai você sabe como e haustório, uns canta, outros conversam e por ai vai, fala um assunto daqui outro dali, e direpente escutei você viu esta semana aquele automóvel que passou aqui na vila, não, pois estava trabalhando lá do outro lado da grota, mais fiquei sabendo, mais o pitidinho viu, pois ele estava trabalhando lá na beira da estrada na volta grande.
E neste instante senti os meus olhos brilharem, e suspirei profundamente, pois sentia todo o meu ser brilhar e o meu corpo a vibrar e todo o meu ser se alegrar só de escutar falar do chevrolet, e não agüentei e fui assegurando firme as rédeas do alazão, ate ele dar uma maneirada na toada, e com um sorriso, fui entrando na conversa, pois eu vi o automóvel, mais também não sei quem e o dono do chevrolet e nem para onde ele foi, talvez alguém de vocês sabe de quem e aquele carrão. Não, não sabemos não, só sabemos o que o velho Chico nos contou, que na quarta-feira desta semana, tinha passado por vocês dois um chevrolet azul novo, lá na estrada na reta do PE de jacarandá, e nos ate comentamos que às vezes você sabia nasraio, quem era o dono do carrão, pois o velho Chico esta pelo jeito igual a você sem saber quem e o dono do carro, uai ele não comentou nada com você não nasraio, pois ocies dois trabalha o dia inteiro junto. Não, ele não falou nada comigo não, mais o que ele comentou com vocês, sô nos perguntou se nois não tinha visto, passar um chevrolet azul lá na ponte do rio do sono, pois esta semana nos trabalhamos lá na várzea da ponte a semana toda, e nos ate comentamos com ele que esta semana, não passou nem um automóvel naquela ponte, a não ser o carro-de-boi do deu e a boiada do Zé saracura. Neste instante vendo para onde dava indo o rumo da prosa, procurei logo desviar o sentido da conversa, mais iai será que aquelas forrozeiras boas de forro vão estar todas lá, e vão cair na contra dança com nos, vocês sabe os bailes para estas bandas são bons, mais eu to querendo ver mesmo e aminha cabrita, eta nasraio este seu cavalo hoje esta igual a você, parece querer voar. Que, que foi cario, deixa o meu cavalo querer voar, pois o ate sente que a cabrita vai estar lá esta noite, você sabe a danada e afim de mim mesmo, e sempre que tem um jeitinho nos dois nos pegamos mesmo. Sei bem, muito bem nasraio, pois como posso esquecer do final, deste ano que mal acabou de passar, vocês dois me deram a maior canseira. Há aquilo já e passado, e a tocha e eu já terminamos faz tempo, pois e, mais naquele dia, ou melhor, naquela noite, se não fosse eu o bicho tinha ficado feio por seu lado e o dela também, e vocês dois não teria terminado munha boa. Imagina se ela tivesse chegado antes de mim, e pegado oce e a cabrita daquele jeito lá atrás da moita de bambu, tudo bem muito obrigado, mais agora ela já ate sabe, e a cabrita agora e a única, que eu tenho por estas bandas. E com isto, a prosa foi se arrastando pelo lado das conquistas, e você sabem-me haustório, que todos nos temos nossas aventuras e conquistas. Mais era só eu me desligar um pouco e ficar a SOS com meus pensamentos, que começava a sentir apertar o peito e os sentimentos voltava e somente a imagem da face angelical daquela dana, e a minha vontade era só de ver ou saber para onde foi o tal do chevrolet azul, levando em tua cabine aquele rosto faceiro. Mais ai fizemos umas duas ou três curvas e o assunto, partiu para o lado das brincadeiras, como por exemplo, as moças que tentamos conquistar e não conseguimos sair de braços dados,com certeza haustório você esta me endentendo, claro que sim, meu bom e velho amigo nasraio,mais e daí cadê a bela da tarde que encantou os teus olhos, clama haustório, nem bem a missa começou e você já quer, que o vigário de a bênção final, sem ate mesmo fazer há homilia.
Não meu amigo, e que meus parafusos estão se apertando, querendo entender não para onde foi o automóvel ou se a dana era comprometida, mais pelo seu semblante, ate onde estamos você nasraio não tem nem uma pista, nem do chevrolet que conquistou seus sentimentos, isto se me permite uma leve brincadeira, mais acho que não foi o chevrolet azul e nem tão pouco quem era o dono dele, que acusava sua curiosidade, mais sim quem realmente era aquela, como disse bela da sua tarde.
Pois e haustório vejo, que você tem um bom senso de percepção. Só que em certos momentos da vida, o que realmente queremos, em muitas vezes não acontece como a gente gostaria que acontecesse. Assim foi comigo, havia pela primeira vez a doce e meiga dana da minha vida e da minha historia, só que ela sumiu e eu, ate achei que jamais voltaria há ver ela novamente, por que nasraio. Talvez seja esta parte da minha vida que poucos endentem, mais no caminho da existência de todos sempre contem uma e outra parte meio que confusa para muitos, porem clara e límpida para ambos. Mais vejo que, por não ser tão rude e hostil haustório, e que somos mais que amigos, pois no caminho da historia de cada um sempre tem flores e espinhos, as flores sempre procuramos mostra-las com carinho e afresco, e os espinhos fazemos um mistério danada querendo levá-los para gélido tumulo da alma, da nossa linda existência. E com esta atitude não fazemos de nossos medos a formula correta de acertar uma ou outra. Veja bem; nesta estrada da minha vida, vivi intensamente cada instante, ate quanto os meus olhos flechou a dana que veio fazer parte real na minha estrada, só flechou mais ela foi embora seguindo destino ignorado, não só por mim, mais por todos da pequena vila onde nasce, fui criado e vivo ate hoje. Porem ela também partiu sem endenter o que os teus olhos viram e todos os seus sentimentos e pensamentos pulsava a lhe dizer, quem e ele, ele e o seu príncipe, o seu anjo, mais ai e, aonde talvez nem eu mesmo e nem ela pode se explicar, pois tanto eu como também a minha amada, sofremos muito ate chegar ao momento exato do nosso primeiro de nossos muitos primeiros encontros, ou seja, não era a hora exata.
Não, que não fizemos cada um a sua parte, ambos sem saber o que estava a fazer correu, procurou alguma pista, e o Maximo que conseguiu foi deixar a porta aberta da esperança de um dia ambos o ver novamente, e dentro do peito bateu esta certeza bem vivida de que um dia, um iria encontrar face a face com o outro e se fosse real o que estava sentindo, os sentimentos iria dizer.
Só que, em cada cabeça sempre tem uma sentença, e como por um bom tempo pesquisei, revirei meus sentimentos sem encontrar nem uma pista, do automóvel que cruzou a minha estrada naquela tarde de quarta-feira do mês de julho. E ai meu bom amigo haustório, depois de uma boa e abrangente busca, decide malfragar em meu peito, aquele arrepiou, que inundou todos meus sentimentos, e jóquei de corpo e alma no meu caminho. Mais não foi fácil, haustório. Mias como estava a lhe dizer do meu primeiro final de semana, depois que vi cruzar em meu caminho, o ardor real de meu ser pelo amor e a paixão de uma dana, ai chegamos na festa ficamos ate a festa acabar com era de costume, e os cavalos amarados na cerca embaixo de um PE de manga bem grande que tinha na entrada da sede.Mais quanto a gente e jovem tudo e festa, e a noite parece uma criança, e no salão de baile então chama uma dana daqui para dançar outra dali, ate conseguir uma contra dança,saracoteai um rabo de saia daqui e dali e por ai vai. E com isto, a noite ia embora e a madrugada chegava rapidinho, e como éramos jovens nem via que já estava passando da hora de montar nos cavalos e correr, pois tinha que tirar o creme das curralieras, e a hora não esperam. E ai você sabe corre atrás de um aqui outro ali, tinha também a dana que não podia ficar sem se despedir e por ai vai,ate que montava mesmo demorava e ai saia num calope danado, gritando e fazendo uma farra danada. E o peão ate esquecia que já estava quase na hora dele começar a trabalhar, de tanta aminacao, e pelo caminho vinha falando satisfeito da sirigaita que conseguiu, daquela que tentou e não teu certo e por ai seguia a conversa uns cochilando na cabeça do areio; e mal ia em casa e já passava direto para o curral para tirar o leite das curraleiras.
E nesta época, haustório quantas e quantas vezes, que passei direto do baile para o curral, a quanto chegava e o meu velho papai já estava tirando o leite, ai ele só dava um ou dois tossida, eu só tomava a benca e ia para a labuta do jeito que estava, nem tinha passado em casa, só tirava as botas de festa e calcava as botas de trabalhar e pagava firme nos peitos das curraleiras, e o leite descia macio. Mais quando o sol ia saindo, ai sim o sono apertava um pouco, só que ai eu ia lá à torneira e passava uns dois punhados de água no rosto, tomava um bom copo de leite tirado no peito da vaca, e o sono dava uma trégua, de vez enquanto esfregava os olhos e seguia a rotina, ate acabar de tirar o leite desmatar, colocar o soro para os porcos, e o diamante seguindo seu curso natural, mais ai o sono já tinha dado uma trégua boa, e por ali mexia ate na hora do almoço. Mais depois do almoço não tinha jeito, mal acabava de almoçar e corria para debaixo de um PE de laranjeira e pegava no cochilo rapidinho, só que como estava cansado parece que a hora voava, a rapidinho meu pai já estava me chamado, dava só uma resmungada e eu levantava assustado, já esta na hora de buscar as vacas para apartar os bezerros, mais em muitas vezes saia com meus botões resmungando dentro de mim, não dormi nada e já esta na hora de buscar as vacas. Mais isto as vezes me dava raiva e em muitas vezes alegrias, pois se já estava na hora de apartar as curraleiras, era sinal que os afazeres de domingo também já estava acabando,e como bom moço eu ainda tinha que ir para a praça, neste instante nasraio teu um lindo sorriso e junto dele uma bela gargalhada, e engraçado haustório, neste tempo da vida as energias se renova sem a gente nem mesmo perceber, pois mesmo sem dormir um ou ate duas noites em claro e trabalhando todo dia, mais nas tardes de domingo não podia faltar, tinha que ir para a praça, pois era o poinde da s moças e dos rapaziada. Há mal chegava em casa e corria para o banheiro, tomava um bom banho, e me arrumava rápido e saia para a praça, e nesta época as luzes da cidade era só envolta da praça e era a notor de querosene, iai lá pelas oito horas desligava tudo, e a vila era iluminada pela luz das candeias e alguns lampiões nas portas das vendas.Só que era uma época boa, trabalhava muito, mais tinha muita liberdade, vivia uma vida de euforia, sem perder as rédeas, corria para todo lado mais sempre buscando fazer jus, ao nome de papai e de mamãe, por mais que eu jogava repleto de êxtase, em minhas buscas e aventuras, sempre ouvia um e outro dizer, o nasraio gosta de um festa e, e muito festeiro,só que também procura preservar, algumas atitudes certas, e um bom rapaz, trabalhador, quanto criar um pouco de juízo vai ser um bom pai de família.Apesar destes elogios, ate que me enchia de esperança por alguns instantes, mais pouco me importava, pois estava em minha juventude a procura de ser feliz a cada instante, só que isto, e hoje que vejo desta maneira, mais em minha juventude não via e nem tão pouco podia ver, mais este e o caminho da minha vida e vive plenamente cada segundo e busco viver assim ate hoje, deve uma época que eu achava que não tinha tempo, pois não ficava quieto nem nos dias de semana, sempre tinha um lugar para ir, trabalhava o dia inteiro, e a noite sempre tinha um compromisso, saia para um lado para outro, foi um jovem que deitava tarde e acordava de madrugada.
Há haustório, e nesta passava o fim de semana, e chegava rápidas a segunda-feira, e com ela a ressaca das noites mal dormidas e também um pouco de cansaço, so que mal acabávamos de tirar o leite, e já tinha tarefa definida ir para a invernada olhar o gado solteiro, e sempre a mesma dupla eu e o velho Chico, só que nesta segunda-feira meu velho pai foi um pouco rígido comigo, e falou o senhor seu Chico e o nasraio vai hoje lá do outro lado do rio na beira do rio preto, olhar aquela boiada nova que levamos para lá, na semana passada. E nisso o velho Chico pigarreando seu cigarro de palha tuciu, e disse bem nasraio eu já estou pronto, e o sabia esta com as patas ciscando querendo pegar a estrada, no qual que você vai. Tudo bem seu Chico não me demoro, hoje eu vou e no castanho, pois ele já tem uns dias bons que esta descansando, e sai com o cabresto na mão pelo o curral adentro, questionando somente para mim mesmo a atitude de papai. Mais não disse nada. Fui lá joguei a corda no castanho coloquei o cabresto na cabeça do cavalo e sai puxando ele pelo o curral adentra calado, arriei o macho bem arreado e já fui calcando as esporas puxei o alazão para fora do curral e amarrei-o na cerca do lado de fora do curral, e já, já chamei o velho Chico então seu Chico já está pronto, a hora que o senhor quiser parti, pois a estrada hoje e das boas. Só que o velho Chico era meio tinhoso, calma menino, vamos tomar um bom café da manha, pegar a nossa matula a cabaça dagua as cozinheiras estão nos esperando, não tenha pressa, pois o dia e longo e gostoso de ser vivido. Ais nos entram pela a varanda afora e fomos tomar o café da manha, depois passamos na casinha onde ficavam as selas e pegamos o coclumiu, e nessa hora seu Chico ate brincou da vendo se já tivéssemos indo, teríamos esquecido muita coisa, a pressa não faz muito bem para a nossa vida. Tudo bem seu Chico o senhor tem razão, mais ai notamos e saímos curral adentro abre uma porteira aqui fecha outra daqui, ate sairmos forra do curral, e pegarmos o trilho que passa pela há aguada e segui em direção da estrada de rodagem, e o velho Chico calado, e eu munha caseira danada, e os cavalos munha marcha boa pela a estrada, ai o seu Chico puxou assunto, como foi o seu fim de semana nasraio, pela a sua expressão foi bom. Graças a DEUS, foi ótimo, seu Chico nos fomos ao baile lá do outro lado do rio, estava bom e ainda encontrei minha cabrita por lá, e ontem como de costume fui ate a praça e fiquei ate tarde, batendo papo e já proclamando o próximo final de semana. Eta tempo bom nasraio, nesta fase da vida temos muitas energias e elas se removam rápido, só que com o passar do tempo, uma noite pouco dormida pesa um pouco mais aos ombros, sábado eu e minha família fomos ate a casa do compadre, não viemos tão de madrugada embora, e ontem ate que deitei cedo, hoje estou um pouco cansado, mais isto e da idade, mais o importante e que toda família gostou do passeio e com isto meu final de semana foi ótimo. Pois e seu Chico a estrada da vida e assim mesmo, hoje também estou um pouco cansado mais vai dar para completar o dia com a forca de DEUS.
Mais iai nasraio, encontrou sua cara metade, neste final de semana, neste momento tentei desviar o rumo da conversa, não sei bem do que o senhor esta falando, pois o senhor sabe que eu não penso em me prender agora num rabo de saia, ainda quero viver bastante tempo sozinho, indo e vindo sem mingúem há me esperar, pois passarinho que dorme em vários ninhos, e difícil de acostumar em um só ninho. Pode ate ser nasraio, só que teus olhos, não lhe engana, você pode enganar a todos e ate há mim mesmo, só que seu coração você não pode enganar. Você sabe nasraio, aquela dana mexeu com seu coração, haaa... Aquela moca que estava na cabine daquele automóvel a semana passada sabe seu Chico que eu nem prestei atenção neste detalhe, ta vendo nasraio, eu não disse nada e você quem esta falando. E mal consegue disfarçar, estou de observando deste aquele dia, em que cruzamos com aquele chevrolet azul, lá na pequena reta do PE de jacarandá, pois e seu Chico por senhor, não tem como eu me negar, estou sim curioso querendo saber quem e ela, se tem um pretendente, se e solteira, ou esta pronedita para alguém, mais nem sei para onde foi aquele chevrolet azul seu Chico, então o melhor a fazer, e eu ficar só com meus pensamentos, e buscar em outros braços adormecer meus sentimentos, e encontrar uma moca que acalma os meus sonhos, que encanta e adormece a minha alma, transformando o cansaço do meu corpo em paz e sendo assim a mãe de minha esposa e a mãe de meus filhos.
Bons pensamentos nasraio, mais em minhas andanças por este mundo de meu DUES, já vi muitos encontros, paixões florescer e também morrer no peito, loucura que floresceu e transformou-se em amor verdadeiro. Mais não seu Chico, creio eu que estes meus sentimentos não são mais que os desejos da minha idade, querendo apenas ver e sentir o corpo que conduz, aquela face meiga e angelical, daquela linda moca, não sei se foi só os meus olhos, que viu ou era só uma ilusão de ótica, porem a face daquela princesa tinha um brilho límpido e cristalino, que enfeitiçou os meus olhos que agora atica meus desejos, só de pensar naquele chevrolet azul, que cruzou o meu caminho na ultima quarta-feira passada, que vem em minha mente a imagem límpida e viva da face sem igual, daquela linda moca assentada no banco do passageiro, e olhe nem sei o teu nome e nem tão pouco para onde ela foi.
Pois e nasraio talvez você nem pesquisasse para onde ia ou foi aquele automóvel, eu vi e fiquei curioso tanto e, que dei uma pesquisada sem muito sucesso, pois e seu Chico já fiquei sabendo do seu enderece pelo o tal automóvel. Mais nasraio a minha curiosidade e a mesma da de todo o vilarejo, mais a sua parece que e um tanto quanto diferente, e por mais inocente que for seus sentimentos eles não te engana. Só que, o que eu estou lhe dizendo seu Chico, e verdade e eu acho que foi só um desejo e nada mais. Tudo em nasraio, por que não devo acreditar em tuas palavras meu filho, ou ate mesmo quem sou eu para questionar, pois no pouco que eu sei sobre paixões e desejos, ainda assim eu nada sei, mais só sei que, também um dia eu fui flechado e me perdi completamente no olhar claro de certeira moca, e o melhor não fui de encontro com a ribalta na primeira tacada e muito menos na segunda ou na terceira sei lá, mais fiquei a ver navio em plena praia deserta, e sai a vaguear por ai sem destino e nem tão pouco com direção alguma, mais os olhos certeiros e claros da comadre, que hoje nora lá no meu barraco ate agora não saiu mais do alcance dos meus nem quanto ela estava bem longe do alcance dos meus olhos. E hoje nasraio, ela e a minha amada esposa, há esposa do velho Chico e a mãe de nossos seis filhos e [AS], porem ate hoje ela me deixa louco de saudades, sempre querendo voltar para casa e encostar o meu corpo de encontro com teus braços aconchegantes com me seduz e me fascina namorar a SOS com ela em meus braços, acariciar o teu corpo e deliciar-me do seu cheiro e hoje nasraio, nosso amor já tem frutos rapazes e mocas e a nossa caçulinha já tem dez aminhos. Isto talvez não lhe diga muita coisa, porem quanto eu vi a minha comadre pela primeira vez, ficou quase igual a você sem sentido e sem direção, só que o leme do meu barco, eu fiz questão de jogar fora em dar o controle de minha direção aos meus sentimentos mordidos da mente, deixando o meu barco aderirá no meio do oceano da alma. Não que eu queira de julgar igual a mim, ou que você esteja que nem eu quanto conhece a minha amada, ou que você perdeu o leme de seu barco, só que teus olhos não conseguem te enganar, e quanto você nasraio diz daquele automóvel teus olhos brilha tanto impulso na sua mente que se projeta a imagem real do rosto daquela bela moca. Pois e seu Chico, sabe o que o senhor esta a dizer e ate procuro entender, porem na direção em que me encontro e que estou a vagar atrás apenas de uma pista nada mais, e todos os meus sentimentos deixando-me a espreita, então o melhor que tenho que fazer neste momento e deixar meus pensamentos ir para bem longe do porto, e jogar-me em alto mar de encontro certeiro com aquelas ondas bem qrandona, talvez isto seja o melhor que tenho que faze, buscando encontrar em outros lábios o afago para os meus lábios, o senhor não acha. Não nasraio, apesar de já ter vivido bastante, já ter encontrado com vários outros encontros, e ter também encontrado com algo esplendido que me encanta a cada novo encontro, de tal qual encontro, ainda assim seria um tanto quanto de minha parte, mesquinho e vulgar se eu de disse-se que sim, pois no coração de um homem existem vários secretos, mais no seu caminho você e o principal responsável, e o que e para ele, outro não consegue ser o dono absoluto, e se a abo boda da beleza daquela linda e varonil moca, tiver de ser sua, você vai encontrar com ela, e se não for ela será outra.
E isto que eu quero te dizer seu Chico, pois deste quarta-feira passada ate agora o que eu faço e procurar por pista daquele chevrolet azul seu Chico, que cruzou o meu caminho naquela meiga e mágica tarde, só que ate agora eu nada sei,não sei de onde veio e nem tão pouco para onde foi.Agora o que eu não posso e ficar alimentando os meus sonhos e se eu vou ou não encontrar com ela só o tempo poderá dizer. Mais isto nasraio, não cabe a eu responder, somente você e quem vai decidir, outro pode ate tentar, mais não vai lhe dar a resposta que você quer ouvir, e somente o teu coração e quem, pode lhe dizer se e ela ou não.
E assim com este assunto haustório, que foi um tanto quanto longo, nos já estava sem perceber chegando ao chuchei - te que dava entrada para a invernada, onde íamos olhar a boiada.
Ai apeou do alazão, abri o chuchei-te, feito de arame farpado, e puxei o castanho bem devagar para o pasto da invernada que nos ia olhar a boiada, seu Chico veio enseguida e passou montado no traiçoeiro, fechei o chochei-te com cuidado, e disse para o velho Chico, o sol, já vai alto indicando que já hora de matulas, pois o estomago já dava sinal de fone, pois e nasraio você tirou as palavras de minha boca, eu também estou com o estomago doendo creio que e fone, e então enquanto os cavalos bebe um pouco dagua e tira umas duas bocadas na baixada do córrego, nos matula mos um pouco. E como eu já tinha desmontado do alazão, caminhei tranqüilo pelo trilho ate debaixo da sombra da gameleira uns setenta metros mais ou menos. E pelo curto percurso fui refletindo na conversa que tive com o seu Chico, durante a viagem da sede da fazenda ate o chuchei-te da invernada. Quando cheguei na sombra da gameleira secular, tirei a cabeçada da argola amarela e o freio da boca do alazão, fui ate a sela e peguei o cuchumil e o embornal na cabeça da sela com a matula, coloquei o embornal na galha da gameleira e forrei o cuchumil no chão para assentar-me e toquei o alazão com calma para ele tirar umas bocadas no provisório enquanto nos matulava um pouco, seu chico também já tinha desmontado do traiçoeiro e ajeitado ele para descancar um pouco,o traiçoeiro era um cavalo queimado mais muito bem traquejado na lida, eta cavala bem alinhado, tinha uns sete planos de altura e andava munha marcha que dava gosto, e com outra o cavalo era ligeiro, mais o danado do veio era bom no lombo do cavalo, os dois parece que conhecia um ao outro.
E ali debaixo da gameleira refrescamos um pouco e matula mos um pouco, e ficamos por ali uns dez minutos depois cada um pegou o seu cavalo e voltou a traia para a garupa e romanos em sentido das veredas e chapadões, pois nestas horas do dia o gado sempre procura as baixadas perto das aguadas e onde eles ficam mais, e depois sempre pega o sentido da pousada uns passa pelo choco feito de um tronco grande de ipê amarelo, onde sempre colocávamos o sal. E nisso o sol já cruzava bem o meio do céu e a copa das arvores, já tinha mudado o lado da sombra e as colimas tinha muita sombra e o sol seguia o seu curso despontando por trás das montanhas mais altas, e nos seguiu pelos trilhos da invernada empreitando pasto adentro e chamando o gado. Ai você sabe surgi uns daqui outra dali, e nossos gritos seguiam ecoando nas veredas e chapadões da invernada afora, e de vez enquanto sobe munhum tope dos morros e vai olhando em sentido dos chapadões e das veredas e os trilhos nas estradinhas que do acesso ao choco da invernada vai aumentando daí a pouco olha pra frente e os trilhos e estradinhas estava lotado de gado todos seguindo em direção do choco, era tudo novilha solteira duns dois anos e meio a três, tudo gorda e quase na época de pegar cria, umas brincava uma com a outra, outras corria mugia, um espetáculo aos nossos olhos, só vendo. Depois dumas duas horas mais ou menos,
Já estávamos avistando a passagem daguada que dava acesso ao choco, ai o velho Chico com um cigarro de palha no canto da boca, teu uma boa tragada no palheiro e me disse, hoje e você nasraio que vai contar, para nos vê se o rebanho esta certo ou se esta faltando alguma cabeça.Responde ligeiro claro que sim seu Chico, e já passei as esporas no sobaco do castanho e sai a galopear ao lado do rebanho munha marcha boa, para passar na frente do rebanho e atravessar a aguada, e ficar do outro lado na beirada do chuche-te e contar as cabeças, para ver se estava faltando ou se estava certo. Pois e haustório era sempre ali na aguada que nos contava o rebanho, lá tinha uma descidinha para a aguada e do outro lado uma cavinha pequena onde o rebanho tinha que passar enfileirado uma atrás da outra, no Maximo duas de pareia mais era ate bonito, pois o gado já tinha acostumado umas bebia água primeira outras atravessavam direto no sentido do choco, parece que elas já sabiam que já tinha sal no choco. Ai eu fui passei na frente do rebanho e subi e fiquei na boca da cavinha, contando ate a ultima movi lha, o velho Chico que vinha atrás com seu palheiro no canto da boca chegou e perguntou ai esta certo nasraio, não senhor esta faltando vinte e cinco cabeças, e então vamos dar uma olhada para ver se elas estão todas boas e ver se reconhecemos as que estão faltando. E nessa invernada tinha duzentas e trinta e seis cabeças das novilhas, envolta do choco estava rodeadinho de gado ai rodamos de um lado para o outro na meio delas, olha um, olha outra depois de um certo tempo, paramos debaixo da sombra da palmeira de babaçu e começamos a comentar o que cada um tinha visto e as que tinha dado falta. Ai fala e chega bem perto do numero de novilhas que estava faltando, e nisto o dia já estava indo para a parte do entardecer, o sol querendo encobrir por detrás das montanhas em nossa frente, e então achamos melhor pegar as que tinham de ser curadas e já deixar pronto os afazeres por perto do choco, e depois ir atrás das retardarias ai que era bom, laçar uma a uma e segurar. Pois e meu amigo haustório, nessa hora era bom tinha que laçar e jogar no chão para curar tinha umas mais mansas, mais bravas e por ai seguia nossa rotina. E nessa labuta ficamos no meio das novilhas um bom prazo e o astro rei seguia o seu curso natural indo embora encobrir-se atrás das montanhas distante e nos ainda tinha que dar mais uma volta na invernada para ver se achava às desgarradas do rebanho. E com isto o sol já indicava que já passava das quatro, quatro e pouco mais ou menos, e como já estava entardecendo decidimos sair em rumo dos lugares mais altos da invernada, onde o rebanho sempre faz sua malhada para dormir, e no horário que era elas já estava se deslocando para a pousada e saímos rápido, pois boa parte do rebanho que estava no choco também já se deslocava no sentido da pousada, e pelos trilhos da invernada saímos em marcha num passo bom do alazão, para ver se chegávamos lá na frente do rebanho por que se não elas nisturava e ai ficava mais difícil de reconhecer as novilhas que estava desgarrada. Mais nos dois teu um sorte danada mal saímos do choco e subimos no primeiro tope, já avistamos as desgarradas lá na frente na curva, ai apertamos o passo do alazão para chegar perto delas antes do rebanho, ai elas teu de correr mais nos começamos a chamar elas bem mansamente e elas reconheceu a nossa voz e foi-se acalmando e voltou para a estradinha no sentido da pousada , e nos fomos aproximando delas calmamente e começamos a olhar e a contar para ver se com elas o numero do rebanho estava exato. Mais como eu estava a lhe dizer haustório, o trem e danado ate os animais reconhece a voz da gente, mais chegado ao nosso objetivo, e ter encontrado todo o rebanho já era hora de retornarmos para a sede da fazenda e ir para casa descansar, pois no outro dia a luta continua. Só que nisso o sol já estava entrando lá longe e já dava sinal firme do entardecer e a noite não iria tardar há chegar, e nos eu e também o velho Chico só com o café da manha no estomago e a matula de meio dia, tinha uma sobra de matula no caldeirão e a barriga já estava roncando, indicando que o estomago estava vazio. Só que como eu era bem mais novo e tinha um costume de sempre deixar para os mais vividos o direito de falar primeiro fiquei calado com o estomago vazio mais quieto, porem o velho Chico era um homem inteligente e disse, ai nasraio tem uma sobra da matula no caldeirão vamos dar uma merendada e depois pegamos o caminho de casa, ai para descontrair brincou, pois e seu Chico mais já esta quase na hora e de jantar, o senhor não acha. Pois e nasraio só que eu acho melhor nos dar uma merendada agora e deixar para jantar quando nos chegarmos em casa, pois ainda tem uma boa estrada para nos percorrermos, eu sei seu Chico só estou brincando um pouco.
E como nos estávamos com bastante fone e a distancia que tínhamos que percorrer era bom, nem paramos para acender fogo e aquecer a merenda, e comemos a farofa fria mesmo, só jogamos os cavalos na estrada e pegamos o caldeirão e na cabeça da sela colocamos o caldeirão e merendamos com os cavalos em uma marcha gostosa, e como o sol já ia embora, para ceder o teu lugar à lua, e o dia doar o teu espaço de graça para a noite, e como faltava a viagem de volta para ha. sede da fazenda, nos ainda não tinha concluído nossa tarefa do dia. Mais nesta época as coisas era assim mesmo, não tinha quase automóvel, e tudo que tinha de fazer e para se locomover, era mo lombo do cavalo ou no pescoço dos bois de carro. Andavam longas distancias para trabalhar, tanto a cavalo com também de a PE, não importava muito as distancia o peão de que ir, pois se não faltava o pão. E com isto o dia foi embora e a noite chegou, sem nos ter chegado à sede da fazenda, e quando a noite já percorria o iniciar do segundo quarto de hora e que chegamos à sede, os outros peões já tinha terminado seus afazeres, e já estava em seus lares, apenas o patrão e o meu pai que era o gerente geral e que estava na varada da cozinha tomando café. Mais ai chegamos, desarreamos os cavalos, cada puxou o seu cavalo ate o córrego que passava no fundo dos currais e fomos lavar o suor dos animais para depois solta-los para a invernadinha da porta,. Ai ainda vem lá o gerente e logo atrás o patrão, como foi o dia hoje, lá no rio do sossego esta tudo bem, ai o velho Chico começa a passar o acontecido do dia, e lá esta tudo bem, as novilhas estão todas sadias e quase não tem garrapado, e o vermifico pode ser aplicado no mês que vem só o sal e que esta acabando lá na casinha do choco, só tem um saguinho de quinze quilos de sal comum, quando os carreiros forem para aquelas bandas pode levar mais um pouco de sal tanto do comum como também de sal mineral.
Nessa época da estrada da vida da gente, a gente acha que isto e um incomodo danado, pois depois de trabalhar o dia inteiro de sol a sol, ou melhor bem antes do sol nascer ate a noite chegar com o brilho das estrelas e trazendo contigo a beleza da lua em seu ciclo crescente, ter de explicar o que aconteceu no dia para o gerente e o patrão como presença.Mais a vida e assim mesmo,temos sempre que formalizar o findar de cada dia de trabalho, não importando a classe em que esteja, sempre temos que tirar o cartão do ponto,antes de ir embora para casa.Não sei bem, se você haustório esta me entendendo, pois nessa época não existia cartão de ponto, e e claro que você sabe, só que o batido era bom tinha lá seus empecilhos de vez enquanto mais valeu a pena, como o meu velho papai sempre dizia, só o trabalho honesto que edifica o homem.E com este ato, concluímos mais um dia de trabalho, e ai sim cada um podia ir para sua casa, e procurar por um bom jantar.
Como eu morava na casa de meus pais no vilarejo perto de sede da fazenda, e o velho Chico na beira do córrego do prazer, nos despedimos um do outro e saímos em destino contrario um do outro, e quanto já tinha caminhado uns passos ouso a voz do meu pai espera ai que eu já estou indo também, e pela a estrada do vale com alua clareando o caminho eu e o meu velho pai seguiu caminhando e conversando, sobre o nosso dia de trabalho ate chegar na vila e seguir pela ruinha de terra batida, passar pela a pracinha e chegar em nossa casa. Nisso haustório a noite já ia alta e as candeias e as lamparinas iluminava o vilarejo nas portas das casas, e o bom e velho fogão a lenha ditava o ri timo nas cozinhas das casas, aquecendo a água para passar o cafezinho, outras mantendo o jantar aquecido na ultima trempe do fogão, e também adianto o cozer do feijão para o almoço do outro dia.
E haustório a corrida da vida em muitas vezes e hilariante mais vale a pena correr, por mais que a segunda-feira seja cansativa, ela sempre tem muito a nos ensinar. Talvez a gente nem perceba, só que no curso completo de um dia, há mais alegrias do que tristezas, por mais que as alegrias passe despercebidas aos nossos olhos. Por que em muitas vezes começamos a semana de mau humor, achando que a semana e longa por demais, e que o sábado este tão distante, mais para mim só chegamos bem e de bom humor no final de semana, se vivemos bem e com prazer pela vida, cada segundo da nossa querida e amada semana, como se fosse a antevéspera de sábado. Mais como estava a lhe dizer haustório do meu primeiro final de semana e do iniciar da minha semana vindoura de muitas e muitas semanas, depois daquela tarde de quarta-feira, do mês de julho, em que vi minha prenda amada cruzar o meu caminho na cabine daquele chevrolet azul, que cruzou e foi embora levando com ele a minha esperança junto, só que transformou todo meu ser e o meu nodo de viver também.Pois naquele instante que, aquela moca cruzou o meu caminho e foi embora, reluziu em meu ser um conceito que eu pouco dava valor haustório,pois brilhou no horizonte em minha frente a face meiga e doce da dana de meus sonhos, e refletiu a esperança de volta em meu ser de encontrar ela de novo face a face , coisa que eu já tinha dado por vencido. Por que o que eu passei a sentir haustório, era diferente de tudo que eu já tinha sentido por uma moca ate aquele exato momento. Pois aquela flor flechou não só o meu coração mais o meu ser por inteiro, transbordou o meu corpo, em um conjunto de princípios dos quais eu pouco sabia, só que a partir daquele momento em que havei ela passar, o meu mundo real foi transformado subitamente e este matuto, um louco passou a correr atrás de informação coisa que eu não fazia, passei a buscar querer conhecer o amor real, sensível, verdadeiro, humano, profano que uma mulher tem para doar e receber em troca o amor de um homem.
Pois e haustório, mais como estava a lhe dizer, parte da minha historia, historia esta que em cada etapa, vivi como se ela não fosse assim tão importante, só que com o passar do tempo vamos vendo que cada etapa da vida e bela, linda mais isto só vemos na estrada de cada dia, pois o caminho que caminhamos e que nos ensina, que a estrada da existência e belo e repleto de vida. Talvez haustório neste instante você, pode ate estar se perguntando, mais como pode o nasraio, vir tirar este assunto comigo, posso ser filho dele, ou ate mesmo neto. Não nasraio, não sou tão louco quanto pareço e nem tão profano, pois para mim tudo belo e mágico esta na historia de cada ser humano, por mais vulgar e hostil, que se pareça aos olhos do mundo o ser humano tem sempre uma bela e linda historia, talvez para muito não enderece nem em saber ou não vale a pena escutar, uma historia dos passos leves de uma vida carregada de sonhos e desejos, que em muitas vezes não se realizaram, mais talvez não fosse por falta de tentar e sim por que não era para ser. E como nos iniciamos lá nos confins de nossa prosa, deste pequeno tenho muitos sonhos e projetos todos bons ótimos, uns já realizaram outros ainda não e também sei que alguns não vão ser concluído por mim , mais tudo bem. Porem sempre gosto de escutar com prazer o que os outros tem para me dizer, pode ser jovem, criança adulto e ate bem mais vivido do que eu, pois a velhice para mim não esta na idade e sim na falta de conhecimento de muitos.Posso por esta, estar me passando por soberba ou intrigante sei lá, mais na historia da humanidade, quem não tem um pouco de soberba.E o mais legal e não estou sendo soberba neste instante, e sim muito endereçado em saber aonde foi parar aquele chevrolet azul levando contigo aquela bela moca, que cruzou com o seu caminho naquela tarde de quarta-feira do mês de julho, e o melhor quero saber o nome dela.
Tudo bem meu bom amigo haustório, mais os caminhos que caminhamos em muitas vezes nos conduz em grandes e memoráveis encontro sempre uns são rápidos outros demorados e nos trás certas surpresas, por mais simples ou notória que for aos nossos olhos, sempre tem uma surpresa, que um dia vai ser revelada ao nosso ser e ao brilho de nossos olhos. Mais calma ai um pouco, estou ate de entendendo nasraio, só que a princesa que encantou o teu ser, pode ate não ter sido assim tão fácil tudo bem, mais e daí onde ela foi encostar. Veja só haustório, e o que eu estou tentando te dizer, só que para mim não e assim tão fácil de dizer, agora talvez você possa começar há entender o motivo de minha saudade, nesta noite gélida e fria, em que a noite nos presenteia com o brilho da lua em teu ciclo maior, que encanta e fascina a todos os seres e os corações apaixonados também. Só que o caminho da estrada de cada um, não e assim tão simples e nem tão fácil de ser explicado, existi obstáculos barreiras impostas por nos mesmos, onde uns absorve mais rápidos do que os outros, por estar em muitas vezes mais preparados do que os outros ou por não ter medo de tentar, e também tem aqueles que têm de preparar o caminho para depois chegar, tanto fisicamente mentalmente e ai sim superar as adversidades, que ele mesmo colocou em seu caminho. Mais tudo bem haustório, vou tentar lhe dizer alguma parte de minha historia, que poucos conhecem sobre a estrada, que conduz meus passos soltos a flutuar pelo caminho, que segui a minha estadia por aqui, que para muitos já são ate tardia. Só que existe pontos cruciais na estrada de cada um, que em muitas vezes pode não ser bem interpretada por muitos, e pode ate parecer sem insignificância alguma para todos. Mais como estava a lhe dizer, conhece de relance a minha amada, cujo nome e NISS-LINS-MAIO, que se escreve igual eu estou lhe dizendo tem hífen separando cada nome, só que ai e cruzou e foi embora na curva da estrada, com já lhe disse também. E eu o bom e o mal ao mesmo tempo, segui a voar de galho em galho.
Pois o bem e o mal mora aqui dentro do peito de cada um, meu bom amigo haustório, poderia lhe chamar de filho, só que lhe considero como um bom e velho amigo, conheço muita gente, tive vários companheiros de infância, a maior parte já partiu para o outro lado da existência. Só que na corrida da estrada da vida, temos que ser compreensíveis e reconhecer a nos mesmos, como bons seres que somos porem com poucos amigos de verdade, e entre meus poucos amigos verdadeiros você e um do que posso, confiar parte de minha historia,tenho outros da mesma idade que eu, só que a nossa idade não faz diferencia alguma para a nossa amizade, e enumerar os meus amigos seria ate breve, só que há uma diferença em confiar e confiar. Não que eu tenha muitos inimigos, mais também sei que tenho e claro, pois tem muita gente que se posta como amigo mais na real e o maior inimigo. Tenho meus filhos, meus netos e ate bisnetos, estes são meus melhores presentes e bons companheiros, nos quais confio plenamente, mesmo não tendo domínio deles e nem tão pouco, podendo desvendar os segredos dos seus corações.
E isto nos faz ser seres humanos felizes do jeito que somos pelo menos para mim haustório, e por mais que confiamos em alguém, sempre pulsa no peito o desejo em querer confiar mais, nesta mesma pessoa. Não sei se esta há me entender, mais acho que eu estou lhe chateando com esta historia, que pode ate ser para você um tanto quando sem graça, sei lá. Com esta minha filosofia de vida, mais existe vários entrames na estrada de cada um, e ate aqui onde estou neste momento tudo se realizou na minha vida umas partes boas e outras ruins, mais tudo que concretizou tanto o bom quanto o ruim, não foi por mero acaso, e a nis-Lins-maio não cruzou o meu caminho por acaso. E a melhor parte ela existe, e se ela vai ou não para há eternidade, isto não posso lhe responder, mais só que a minha parte eu estou fazendo com carinho e muito, muito amor, e e o que eu desejo de verdade, mais isto só o tempo poderá dizer, quem sou eu, apenas um mero mortal procurando aprender um pouco mais da estrada da minha existência.NAO SOU UM ROMANCISTA REPLETO DE MUITAS CONGUISTAS AMOROSAS, MAIS VIVO MUITO FELIZ VIVENDO A CADA INSTANTE, COM O AMOR DE UMA ÚNICA CONGUISTA.
Porem haustório, nis-Lins-maio cruzou com meus olhos e foi embora, e eu fiquei sem saber para onde ela foi. Sofri um pouco corri atrás, querendo saber quem era tão distinta moca, e nada de sucesso, e as minhas buscas logo, logo foi se findando. E ai só sobrou trancar os meus sentimentos no peito, sem deixar eles aflorarem na pele, e por mais que eu conseguia esconde-los e não alimenta-los, eles de vez enquanto se fazia presente, em meus pensamentos.E como a vida sempre segue o seu curso natural, então busquei seguir o meu, por que não. Mais não foi fácil, voltar a ter um sorriso no rosto um encanto na alma, sem alimentado, pela meiga e angelical lembrança de meus olhos, com a imagem apenas da face bela daquela linda moca, que não sabia nem o nome. Só que o tempo foi passando, uma semana, duas, três, quatro, cinco um mês dois e assim por diante, mais eu querendo por que querendo saber para onde foi aquele bendito chevrolet azul, eta automóvel que me teu trabalho. Andei dia e noite, noite e dia querendo saber quem era o dono daquele carro, ou pelo menos buscando saber para onde ele foi, e nada de encontrar seu paradeiro. E com o passar do tempo, busquei seguir meu caminho sem alimentar muito a esperança de um dia encontrar a bendita moca, e como o tempo voa quanto estacionamos em um só sentimento, rapidinho o mês de julho, agosto, setembro, outubro todos voaram rápido e o fim de ano também. E o fim de ano chegou tão rápido para mim que passou e eu nem vi direito, só sei que passou, mais fui a todos os bailes da região ate em festa que eu não conhecia ninguém e nada de encontrar com a tal moca e nem via o automóvel, e a pergunta que não queria calar dentro de mim pulsando firme mais, cadê a princesa do meu ébano adormecido, que acordou para a vida. Ai então só sobrou o sentimento que estava adormecido em meu peito e despertou para a existência, mais a labareda que foi acessa pela flecha certeira daquele lindo par de olhos, aos poucos fumegava e logo começava a apagar novamente, e as cinzas iam cobrindo as brasas, e por mais racional em que eu me encontrava haustório, não tinha jeito só pensava naquele par de olhos. Mais ai foi que eu andei mesmo, eu que já vivia para tudo e por tudo, me atirei sem medo em minhas andanças por este rincão querido, e já com meus vinte e um anos, conhecia todos os acontecimentos da região, onde os bailes às festas de doce, casamentos mais importantes, festas da IGREJA, folia reis, e ate aniversários corriqueiros chequei a ir, e nestas indas e vindas conhece muitas mocas, umas bem prendadas outra nem tanto mais belas e também uns arroz doce danado, calma ai nasraio, o que e isto arroz doce. HÁ HAUSTORIO, arroz doce e quanto uma moca ia a um baile no sábado e no outro baile que Tivesse ela iam de novo, e em minha época de juventude as mocas não ia a dois bailes seguidos, ia num e no outro faiava, e as que iam era chamadas de arroz doce. Ai que era mais complicado, às vezes tinha dois bailes no mesmo dia, e ai a gente tinha que escolher um e ir, se desse azar de ir ao baile errado, haaa... Meu amigo só daí uns dois ou três baile para encontrar a dana de novo. E a melhor parte tinha que ter certa maldade, para não ir ao baile errado, por que, por exemplo, neste final de semana tinha um baile, e no final de semana seguinte na casa de alguém mais importante da vila tinha um casamento, e nas festas anteriores tinha sido boa, ai podia ter certeza que ate muitas mocas, que poderia estar no baile não ia de jeito maneira, e com isto tinha certas mocas que ficava ate mês inteiro sem ir num baile.
Porem haustório, como eu estava a lhe dizer do meu romance, conhece a Nis-Lins-Maio, de vista corre atrás e não alcancei, procurei e de nada fiquei sabendo. E isto foi quase que um ano completo, andei que nem um zumbi e nada de vê-la de novo. Ai parei pensei refleti dei uma boa analisada e procurei dar uma boa mudada. Só que nas indas e vindas dos caminhos da vida, têm hora que as coisas não são exatamente como a gente quer, e sim como elas acontecem, e como queria uma mudança ate tentei, só que talvez de uma maneira bem radical, e já comecei logo que decidi saia todo o dia, comecei não saindo mais a noite, saia para o trabalho voltava e ficava quieto em casa, jantava junto com a família, e já no primeiro dia papai e mamãe, notou uma diferença mais não falou nada. E foi assim a semana toda e no final de semana também, nem na venda a noite quase que não fui durante toda semana. Ai os meus companheiros de baile começou a ir lá, em casa para me convidar para sair, pois eles encontrava comigo na lida da fazenda, nois conversava as vezes ate dizia que se desse eu iria na praça a noite, mais nada de ir, as vezes só passava na venda a tarde quanto tinha que comprar alguma coisa, falava que ia em casa e não voltava, mais não maltratava niquém tratava mais não ia. Com isto papai e mamãe foi ficando cada dia mais preocupado, saia cedo trabalhava o dia inteiro, e a noite ficava por casa mesmo, ai eles começaram a puxar conversa eu sempre respondia com cautela depois ia dormir, isso durou mais ou menos uns quinze dias, só ia de casa para o serviço, e voltava do serviço direto para casa. E com esta atitude tornei um solitário de mim mesmo, sem bem saber o que e ser um solitário. Só que batia forte em meu peito uma aflição danada, principalmente durante a noite e nos final de semana então nem se fala, a angustia era grande, e uma formicação tamanha apertava forte em meu peito, e sozinho em meu quarto as lagrimas escorria pela minha face.
Mais não deve jeito duraram só os quinze dias mesmo, sem perceber em uma quinta-feira braba, mal cheguei do trabalho na sede da fazenda e só dessariei o alazão, levei ele ate a passagem do córrego, lavei bem o pelo dele, tié um pouco de sal com uns grãos de milho na cuia e soltei-o para o pasto dos bezerros. Ha. estava me esquecendo, lá da porteira que sai para o pasto dos bezerros, eu poderia ter ido embora mais como estava meio cedo, voltei com bastante calma, passei pelo os currais e fui ate o barracão, dei uma olhada de um lado de outro, pois estava meio cedo. Mais veja só, quanto às coisas tem que acontecer, elas acontece mesmo, depois entrei na casinha de despejo ajeitei uma duas latas que estava fora do lugar. Ai com um assobio maroto fui saindo de macinho, da casinha e peguei a estrada por dentro do vale por onde passava os carros de bois.Mais como se diz, estava na verdade era embotando, ai seguei tranqüilo e a passos leves pela a estradinha que dava acesso a saída da fazenda para o vilarejo, pois nesta hora do dia em que a tarde ia chegando a estrada era mais calma sem o vai e vem dos carreiros com seus carros de bois bem traquejado, e com passos leves fui seguindo estrada a fora, quanto direpente o silencio foi quebrado com uma voz suave e calma,oi nasraio, boa tarde, como vai você sumiu, e aquela voz macia acalmava ainda mais os meus ouvidos, e quanto olhei para o lado, lá em cima da cava do vale, na estrada que passava por cima do vale, veja só quem eu vejo, a cabrita que morava do outro lado do rio.Aquela mesma que eu lhe disse que nos tinha um caso, nada de tão serio mais sempre rolava quanto nos, nos encontrava, Só que na loucura do momento, era meio anormal e ate irracional aquela moca estar passando por ali naquela hora da tarde,então fiquei supresso e levei um susto danado, e neste instante quando olhei para o alto e vi ela, bateu em mim uma alegria tamanha misturada com um brilho na garganta, e as palavras quase que sumiram de minha boca.Mais responde por entre os dentes boa tarde cabritinha, e lá mais que ligeiro raspou a garganta, ou seja tem alguém comigo,pois e nasraio você então não vai na festa de santos reis lá no capão vermelho neste final de semana, eu ate estava pensando em ir, se você fosse e me levasse, pois a mamãe ate vinha comentando comigo de nois passar na sede da fazenda para ver se você ia e levava eu e a minha prima, mais ai nos vimos o seu amigo dedinho e ele nos disse que você não vai. E em um só rompante a responde, eu vou sim HALIA, ele deve de estar enganado, quem sabe e ele que não vai, pois eu já estou me preparando para chegar lá cedo, bem antes da folia de reis chegarem, e só pretendo vir embora quando o sanfoneiro parar de tocar. Uai mais você, então vai nasraio, e será que já tem convidada para ir com você. Não HALIA eu vou sozinho, mais se sua mãe deixar, posso te levar, neste instante aproximou-se a mãe dela, e disse por mim tudo bem, ela pode ir com você nasraio, só vocês dois terem juízo, então no sábado eu estarei de esperando lá em casa para irmos à festa de reis do capão vermelho. Tudo bem, pode me esperar que eu passo na sua casa a tarde . Então boa tarde, tenha uma boa viagem de volta e no sábado nos encontraremos, e ela meiga e gentil me respondeu fica com DEUS e no sábado estarei de esperando. E com este curto dialogo, nos despedimos, e cada um seguiu o seu caminho. Mais como estava a lhe dizer a cabrita morava longe da vila do outro lado do rio nos fundos do campo de futebol, e da vila ate onde ela morava era mais ou menos de légua e meia quase duas,e por isto talvez que eu assustei quanto ela me comprimento, décima do barraco da cava, pois ela estava longe de casa e as mocas não andava sozinha nesta época ainda mais a noite, só que o tio e a mãe dela estava com ela, e eles tinham vindo na vila comprar e também vender as castanhas da palmeira de babaçu, que elas produzia, e teu esta tal coincidência de nos encontrarmos na estrada.
Mais o trem e feio, quanto encontramos com o amor da vida da gente, na mesma estrada e que sentimos que e amor para a vida inteira, por mais que as adversidades tentam nos desanimar, e que o mundo nos coloca em degraus opostos, só que os sentimentos sendo verdadeiro ai a saudade passa, a ser rotineira no peito, não tem jeito como dizia o velho Chico, este amor se completa mais cedo ou mais tarde, pois todos têm sua cara metade nesta terra. E isto estava acontecendo comigo, pois vi a minha antiga cabrita e combinei de ir ao baile com ela, só que no peito a vontade e a saudade de ver de novo o rosto meigo e angelical daquela flor não saia dos meus pensamentos, estava a muito tempo, só dentro de casa e os meus pensamentos não cansava de pensar somente nela, a doce a adorada NIS-LINS-MAIO. Veja bem mal tinha acabado de tratar certeza com a minha gata, mais parar de pensar naquela moca, isto eu não conseguia, e fui embora para casa pensando no baile e projetando meu trabalho para acabar cedo no sábado, só que cheguei em casa e assentei debaixo do PE de laranja lima,para tirar a botina e comecei cantar uma suave e leve canção de amor e com um largo sorriso no rosto cumprimentei todos os meus irmãos, pedi a benção a mamãe e o papai que já estava em casa fazendo uns canseis de jacarandá, mais foi só eu começar a conversar com papai, e sentir o cheiro da madeira que papai estava lavrando, que veio em minha mente a imagem bela daquela linda moca na cabine do chevrolet.E ali assentado debaixo do PE de laranja, comecei a suspirar baixinho chorando para mi mesmo a dor da saudade, por ter conhecido o amor e por não saber para onde ela tinha ido. Porem no caminho da vida da gente sempre, contem algumas surpresas agradáveis, sem a gente menos esperar elas aparece, e a minha tarde foi chegando e sem perceber me peguei olhando para o horizonte há minha frente, e nisso o sol já ia beijando com sues raios o cume das montanhas distantes, clareando a terra somente com o reflexo de sues raios iluminava a terra e meus pensamentos foi se acalmando lentamente, e papai com sua compreensão começou a falar comigo, prosseguiu lavrando a madeira e fumando seu cigarro de palha, ai meu filho como foi o seu dia hoje na lida da fazenda, como esta o gado lá daquela invernada que você foi hoje, suspirei profundamente e responde a papai que estava tudo bem, que não tinha nada de anormal e que somente uma e outra rês precisava de cuidado, mais que o seu Chico ia ver com ele, se amanha nos poderia trazer eles no curral para dar os devidos cuidados.E papai ate me elogiou tudo bem meu filho amanha cedo vou falar com seu Chico que você já me adiou os acontecimentos e vocês vão cedo lá na invernada da estiva de novo, para traze-los para o curral para dar os cuidados mecessarios para o gado.E o legal que no peito a saudade batia e os pensamentos pensava só naquela moca, mais eu estava me sentindo bem , e a vontade de ir ate a venda batia no peito, ver os companheiros e convidar eles para irmos na festa, a imagem da cabrita na cabeça e ela estava com um perfume suave, e um sorriso maroto nos lábios, que eu conhecia bem.
Mais ai levantei com as botinas na mão, e fui para dentro de casa passei direto para o meu quarto, coloquei as botinas no lugar delas, abri a caixa de roupa, tirei uma roupa limpa e coloquei em cima da cana, caminhei ate a cozinha tomei uma saborosa chicara de café fresquinho , que mamãe tinha acabado de coar, depois pequei a lata de água quente na trempe detrás do fogão, e fui temperar a água na bacia, tomei o meu banho, vesti a roupa limpa fiz a barba, e sai em direção da venda. Sai tranqüilo pela rua, caminhando calmamente em direção da venda, sem nem uma questão a me incomodar, e com isto a noite chegara tanto o ar de sua graça e leveza, e encantando ainda mais a noite as estrelas despontando junto do firmamento no infinito, há iluminar o caminho e o tempo de todos, indicando que já estava na hora de descansar, pois jaz a querida noite a presentear o dia de todos, e que depois de um dia inteiro de trabalho, já era hora de descansar e para aqueles que trabalham na noite, já era hora de começar a trabalhar. E eu fui caminhando tranqüilo pela rua, ate chegar à porta da venda, mais só de aproximar da venda já estava escutando os bochechos, ai o nasraio teu as caras lá vem eles, há mal chequei e as perguntas vieram juntas, veja só o nasraio apareceu, o que foi andava meio sumido estes dias, estava doente meu amigo, nessa hora teu uma raiva danada, mais segurei e responde munha boa, não estava descansando um pouco e cuidando dos assuntos particulares.
Mais iai nesse PE então, e melhor nos deixar para amanha, e ai nos acabamos de acertar os detalhes finais, mais então nasraio você vai mesmo, eu já e certo, agora você vê ai e amanha nos acaba de decidir. Pois e mais eu também já e quase certo que o pangaré vai trilhar o caminho do vau do guatambu, e vai subir os trilhos do capão vermelho no sábado. E nisso já estava tarde da noite, pois o assunto rendeu um bocado, e os ponteiros do relógio não para, e a noite seguia o teu curso natural, as corujas e o curiango voavam de um lado para o outro quebrando o silencio da noite, e as candeias, lamparinas e os lampiões iluminava todo o vilarejo. E ai você sabe haustório, sempre tem aqueles que com duas ou três doses de cachaça já começa a falar mais alto, e o som do ambiente aumenta naturalmente, e as palavras soam em um tom mais alto. MAS não foi nada, veja só quem me aparece porta adentro da venda, ele mesmo em pessoa o velho e companheiro de trabalho seu Chico, entrou com seu palheiro no canto da boca, comprimentos a todos e teu um raspado na garganta, e em um tom mais baixo todos o cumprimentaram também, ai e dirigiu a palavra ao vendeiro, comprou lá o que tinha de comprar, despediu de todo mundo de novo e saiu e foi embora.Mais como eu estava assentado perto da porta sobrou um dedo de prosa para mim, ai nasraio fica com DUES ate amanha, e depois brincou nos dois não e ate amanha cedo e sim de madrugada.E eu bem Cortez o retribui e seu Chico ate amanha de madrugada.Ai mingúem comentou nada , e a conversa continuou em seu devido tom, daí a pouco uns foi saindo, outro dizendo que já estava quase na hora de ir embora e a venda ia aos poucos se raleando, mais como o dono da venda , gostava demais da espécie, logo, logo raspou a garganta mansamente e atiçou a turma do jogo, uai vocês hoje não vai jogar apostando, se vocês quiserem da prazo de jogar umas duas, pois ontem eu fui dormir muito tarde e hoje to querendo fechar as portas mais cedo um pouco, por que amanha o batido e duro.Mais você sabe como e haustório, ele dava mesmo era a fim de ver os cabras apostando, só que não teu outra um fala dali eu vou apostando dois, outro daqui cutuca não vamos de cinco, e por ai vai ate que rapidinho a mesa esta e cheia e o dono da venda achando bom.Ai quanto inicia todo mundo vai jogar só uma ou duas, só que o tal jogo de vida demora bastante, e a jogatina durou ate altas horas, e acabou que quando sai de roda da mesa já era altas horas, mal cheguei em casa e cai na cama, sem ate mesmo jantar , e dormi de um lado só, do jeito que deitei do mesmo lado também levantei.
Mais a vida do peão não e mole não, meu amigo, mesmo tento deitado tarde tive que levantar cedo, pois quanto chega à hora de tirar o leite das curraleiras, não tem jeito e pular da cama e sair para o trabalho. E como tinha deitado quase que na hora de acordar, meu velho pai deve de me chamar, só que não dava muito trabalho para sair da cama, e assim que ele teu um tossida na cozinha e falou meu nome eu já pulei da cama, fui a ate a pia passei sô uma água no rosto, entrou na cozinha e tomei uma chicara de café e sai atrás do meu pai em direção do curral. Ai você sabe chegamos ao curral, tiramos o leite das curraleiras, e durante toda a tirada conversa com um com outro, marra uma vaca aqui outra ali, e por ai vai ate piar a ultima e tirar o ultimo balde de leite. E depois dessa rotina, cada um parte para a sua lida diária, mais antes todos vão ate a varanda tomar mais um bom e reforçado café da manha, com um bom copo de leite um pedaço de bolo de fubá ou com uma macia e fofa broa de fubá ou biscoito de coma, e nesta labuta cada um com sues afazeres, fazia da cada instante um ritino louco e normal ao mesmo tempo. E era assim dia após dia, semana após semana, mês a mês entrava ano e saia ano, só que era um luta boa e repleta de vida.
Porem haustório, tanto na nossa labuta rotineira de cada segundo, como também nas grandes comemorações espalhadas, pelos grandes e monumentais salões ou em pequeninos terreiros que se transforma em salão de baile em um piscar de olhos, sempre nos encontramos e principalmente também perdemos, há vida tem sempre sentido seja em qualquer aspecto, em que nos encontremos, pode ser na rotina de nossos afazeres, ou na busca de encontrarmos com algo grandioso, em que nem bem nos mesmos sabemos. A vida sempre nos leva por caminhos seguros e confiáveis, nos e que em muitas vezes, que queremos somente adiar a próxima curva da nossa existência. Buscamos tudo, e nos perdemos com o que temos, queremos tão pouco e tem horas em que mal sabemos o que realmente queremos. Não que, o que realmente queremos ou que precisamos para cada momento, esta ao toque de nossas mãos tremulas a todo instante da vida, talvez pode ate estar distante, léguas e léguas, milhas e milhas longe do alcance de nossos olhos, só que presente em nosso coração e nos nossos pensamentos e sentimentos, a nos impulsionar para alimentar nosso ser para seguir em frente, ajudando-nos a viver a vida plenamente, para chegarmos bem em cada novo encontro, ate mesmo quando este novo encontro não e assim tão novo como pensamos. Porem haustório, viver para mim um verdadeiro AMOR plenamente, e AMAR antes de tudo cada novo encontro, sem cobrar nada em troca, amado não somente as coisas belas mais sim o patinho feio que cada um tem só que isto não e assim tão fácil de ser explicado, pelos meus lábios trêmulos, que em muitas vezes oscila com as palavras do nosso alfabeto.
Porem ate aqui, posso ser chato e repetitivo, ou ate mesmo meio rude com tudo e para com todos, porem amo de verdade, e ate neste momento sou fiel a mulher, que nasceu para me doar o teu AMOR e teus sentimentos verdadeiros e eu para doar e receber dela este amor que nos completa.
Calma ai nasraio, neste universo louco para muitos, onde alguns pensam que sabe demais, e também tem aqueles que dizem saber proferir bem demais, onde na verdade nada sei se realmente sei,e em muitas vezes sou racional, munido de capacidade e aprendizado ao mesmo tempo, tempo este que em um curso completo se completa com a minha irracionalidade, que se transforma ao mesmo tempo, na flecha angular e reta da minha própria historia, tornando assim na mesma linha há minha compreensão e a minha incompreensão, se completando ao mesmo tempo.Agora neste exato momento estou tentando compreender qual e , o meu melhor por que, talvez nem bem sei, se o certo e ser certo. Porem retornando na linha de raciocínio em que estamos, onde a razão e a emoção, não nos abandonam e sim nos mesmos, que alimentamos mais uma do que a outra.