Sobre amor e poemas industriais

Eu te amo enquanto você dança,

depois de se entupir de anfetaminas,

quando você acorda,

e quando vem a ressaca.

Não tenho um pingo de vergonha,

nem limite para a indecência.

Sou um fabricante de cantos.

Quero um poema de amor pra você,

em cada sala com decoração cafona,

porque escrevo como um sátiro,

em escala industrial.

Isso, até te matar de tédio,

ou de obesidade mórbida.