SONHO QUE SE DESFAZ

Pelas ternuras, envolvimentos, amor sereno,

Jamais poderia haver entre ambos rompimento,

Pois se amavam com toda plenitude de Almas,

Atitudes regadas com perfumes e cores bonitas,

Como se fosse um jardim todo colorido de flores.

Assim os dias eram uma constante troca de amor,

Pois pareciam Almas gemeas que se conheciam,

E mesmo nas pequenas atitudes tinham afinidades,

Como um sorriso envolvente onde as lágrimas caiam,

Pois eram regadas por carinhos e beijos tão doces.

No pôr do sól contemplavam extasiados o seu sorrir,

Pois viam que derramava pinturas entre as nuvens,

E quando a noite anunciava que o silêncio reinaria,

Fitavam o manto de estrelas piscando querendo brincar,

Até que a lua enluarada acenava para que fossem amar.

Num dia despretencioso uma pequena rusga surgiu,

Tão pequena que não merecia nem ser considerada,

Pois seus corações tinham sonhos bem alicerçados,

Aprimorando as falhas para que nunca interferissem,[

Diante de desejos para que o amor jamais arrefecesse.

Só que as contrariedades do dia a dia foram interferindo,

Misturando o sabor do amor com as amargas desilusões,

E os alicerces construidos com a solidez que almejavam,

Tiveram infiltrações de ódios acumulados e sucumbiram,

E os sonhos se desfizeram para nunca mais se refazerem.

02-01-2011