Outros olhos verdes
Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 2010
As ilhas Cagarras paradas
Lindas sempre, ali
Outros barcos as contornam
Fluidos, de ares imaginados
Refletidos no mar cristalino
De outros verdes olhos
Como Machado entendi
O perigo verde a se aproximar
"..olhos de cigana oblíquos e dissimulados..."
Outro devaneio, diferentes paragens
A luz apagada do dia
A noite a reinar vadia
Endiabrado anjo anuncia
O pousar em nova viagem
As cordas ou as quatro dimensões
Não importa
Novo acontecer semeado na porta
Um viver renovado em perversas melodias
Ensaiadas pelo diabo vestido de anjo
Dono de outros olhos verdes
A ensinar fantasias sem dor
A concretizar um novo tipo de amor
Cachos aparados, vida em aberto
Desperto cantarolar
Profundas divagações fecundas
A mulher um parque de diversões
Vividas perversões ensinadas
Os sinos e a revoada
De pombas enfeitiçadas
A mente esplêndida a confeitar o caminho
Iniciado
E enebriante
Das aventuras do destino
Lavras a modificar
O antes