Outros olhos verdes

Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 2010

As ilhas Cagarras paradas

Lindas sempre, ali

Outros barcos as contornam

Fluidos, de ares imaginados

Refletidos no mar cristalino

De outros verdes olhos

Como Machado entendi

O perigo verde a se aproximar

"..olhos de cigana oblíquos e dissimulados..."

Outro devaneio, diferentes paragens

A luz apagada do dia

A noite a reinar vadia

Endiabrado anjo anuncia

O pousar em nova viagem

As cordas ou as quatro dimensões

Não importa

Novo acontecer semeado na porta

Um viver renovado em perversas melodias

Ensaiadas pelo diabo vestido de anjo

Dono de outros olhos verdes

A ensinar fantasias sem dor

A concretizar um novo tipo de amor

Cachos aparados, vida em aberto

Desperto cantarolar

Profundas divagações fecundas

A mulher um parque de diversões

Vividas perversões ensinadas

Os sinos e a revoada

De pombas enfeitiçadas

A mente esplêndida a confeitar o caminho

Iniciado

E enebriante

Das aventuras do destino

Lavras a modificar

O antes

Katharina Vaz
Enviado por Katharina Vaz em 03/01/2011
Reeditado em 03/01/2011
Código do texto: T2706057
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