Um pouco mais do seu veneno
O amor perdura até onde o desejo não enxerga
E despeja na carne suspiros de um sentimento prometido a outro alguém
No quarto escuro as lágrimas percorrem a face
Em meio a um silêncio frio e distante
Talvez na utopia encontrava-se a perfeição de dois tórridos corações unidos.
Covardemente burlas-te a recíproca
Ensurdeço-me as rosas que contam as tuas lembranças
Os meus olhares perdidos ainda percorrem seus caminhos
Cegos pernoitando por teus profanos atos em becos escuros
Desmontei minhas instituições, para mascarar tuas qualidades defeituosas
Ponho em versos brandos palavras soltas tal como a inquietude de minha mente
Propalo tua leviandade para com minha compaixão
Como aquele romance perdido em prateleiras empoeiradas
A teus extintos lhe custaram a alma, que tentastes resgatar debruçando-se sobre os meus restos
Suas aventuras já não me competem mais, tais punhaladas certeiras em um alvo frágil
Faltou coragem para assumir e prosseguir... liberto-te as traças
Já não és mais o prisioneiro dos meus anseios
Por um fio me despeço e despenco, inquieta , enlouqueço ,padeço....