Amor Despedaçado

Minha visão cegou quando te amei de verdade

Deixei a minha existência, te fiz prioridade.

Amava o teu amor, vivia a tua emoção

Seguia o teu caminho, fiz teu meu coração.

Entreguei-te os meus medos ,a luz a felicidade

Abri a âmago da alma, fiz ali tua morada.

Tornei-me parte de ti, perdi a autonomia

Desaprendi o caminhar, acomodei-me em você.

Entrega plena, intensa foi ai que me perdi.

Quando meus olhos se abriram

Emoção dilacerada, tosca, abandonada.

Foi ai que me perdi.

Desconectei dos caminhos, perdi o coração.

A minha prioridade foi sonho mal desenhado

Se tornou desilusão.

Os medos se acentuaram a luz de frágil apagou.

Felicidade se fez miragem.

A alma fragilizada se fez triste, abandonada.

Foi ai que me perdi

No singular reencontro me vi espalhada em cacos

Desci a ladeira do medo, abri todos meus segredos.

Fiz-me nua na emoção vi despojos de alegria.

Juntei cada pedacinho do coração descartado.

Varri a poeira da dor de amar sem ser amada.

Verdade que dói na carne a cortar minhas entranhas

Foi ai que me encontrei.

Descartei os teus rascunhos reescrevi de próprio punho

O mais singelo poema com as tintas da esperança.

Vi-me no centro do palco reencontrei o amor.

Ouvi a vida menina me chamando pra brincar

Dizendo com suavidade, ainda que seja tarde

Vale a pena amar.

Foi ai que me encontrei.

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Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 01/01/2011
Reeditado em 01/01/2011
Código do texto: T2703419
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