PÁSSARO NOTURNO
Ao acariciar tua luz, tímida lua de pernas abertas
Peerdi-me nas estrelas de teu lúbrico olhar
Submissa minha`lma pecadora, confusa, incerta
Cala-se em tua volúvel forma de amar.
Pulsa coração escravo de teu veneno
O sagrado, o profano, o fausto sereno
Pobre narciso amante atroz sem espelhos
Nos deleites luxuriantes dos teus lábios vermelhos.
Jogado as penúrias do mortal, impiedoso feitiço
Pássaro noturno, de amor ditoso, maciço
Vagando ausente por uma rua qualquer.
Usurpando da gélida noite o encanto
Essência dourada a cobrir teu manto
Rubro devaneio de divindade mulher.
Edd Wilson