RETORNO
O retorno
Parecia igual a primavera
Um setembro inesperado
Escolha do destino
Reencontro de olhos
Como primeira vez
Tantas primaveras esperaram
Sem saber como era teu rosto
Pois as flores crescem
Exalam perfume e envelhecem
Essência sublinhada
O sol pairava no sentimento
Movimento dos karmas,
das falas do destino,
a grande volta
Rompe-se, recria-se
O amor adormecido
A saudade tanta, tanta
A primavera não foi digna
Nos corpos, em nossas almas
Trouxe o veneno em pouco tempo
imenso tempo,
de chorar chuvas
de socos das tempestdes
e o sangue correu rio
pretérito imperfeito
retorno imperfeito
num novembro de flores mortas
que jamais esqueço
cintia thomé
2010
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