ROSA DOLOROSA
Tua pele cor de açucena
tremula emoção.
Um vento, de soslaio,
transita meus pêlos.
O céu na boca
é carmim,
batom risonho,
promessas não ditas.
Sou assim, nada mais
que o espinho da rosa.
Na noite clave-de-sol
canto o esconderijo
nas esquinas que passam.
E, por mais que o tempo passe,
verte a vertente inconclusa,
canto-água
na semente amorosa.
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 42.
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2700334