Extremos
Sou tudo e o nada. O começo e o fim de estrada
Sou o ódio e o amor. O Sol refletido na flor.
Sou tudo que imagino apenas um menino na loucura deste
mundo. Sou o lago profundo, raso ao chão e longínquo ao
eterno.
Sou rude e ao mesmo tempo terno
Na sabedoria da cruz.
Vejo meninos e meninas,
Nas ruas retas e esquinas e
Nas quebradas da vida.
Tenho um lado pecador, outrora santo
Sou sorriso e pranto, um prato de comida.
Sou a lição ensinada, morrer pela pátria amada ou viver sem
razão.
Sou solo rico e pobre, avaliado ouro ou cobre
Que encobre seus segredos nesta era de medo entre os dedos e
palmas das mãos.