Amor virtual
Eu subestimei o virtual!
Nunca pensei ser tão real e por ti me apaixonei.
Era noite de setembro e me lembro de quando te arrebanhei.
Encantei-te, me encantei, e em metades compomos o nosso mundo particular.
Fizemos o resumo de vidas extremosas, carentes, e rosas
na manhã seguinte me ofertastes em grandioso estilo,
dai por diante, fomos um só atrelados às estrelas,
e a treva tornou-se luz. A sedução se fazia todos os dias
em cada palavra, em cada estada da jornada ao faz de contas.
Era um mundo à parte seguro e obscuro como o próprio mundo.
Nada temíamos. Éramos errantes e comungando o mesmo terço,
o mesmo rosário de culpas, dores, mentiras, verdades e abnegações.
Eu subestimei o real do virtual. Não percebi e me envolvi demais.
Morri e sobrevivi mil vezes, mil meses, mil anos...
Engamos todos temos, seja real, virtual... Isso no humano é visceral!
Ainda hoje estou sentada a olhar o nada que restou. _Nada ficou!
Nem mesmo o voo que me levou a ti, nem mesmo o tempo que o ventou de mim,
nem mesmo nada além da estrada, traçada num mapa que já rasgou,
porque me esqueci de acordar. A chuva o molhou e tua rota se esfarelou.
Edna Fialho
Poema escrito em agosto de 2008.
Eu subestimei o virtual!
Nunca pensei ser tão real e por ti me apaixonei.
Era noite de setembro e me lembro de quando te arrebanhei.
Encantei-te, me encantei, e em metades compomos o nosso mundo particular.
Fizemos o resumo de vidas extremosas, carentes, e rosas
na manhã seguinte me ofertastes em grandioso estilo,
dai por diante, fomos um só atrelados às estrelas,
e a treva tornou-se luz. A sedução se fazia todos os dias
em cada palavra, em cada estada da jornada ao faz de contas.
Era um mundo à parte seguro e obscuro como o próprio mundo.
Nada temíamos. Éramos errantes e comungando o mesmo terço,
o mesmo rosário de culpas, dores, mentiras, verdades e abnegações.
Eu subestimei o real do virtual. Não percebi e me envolvi demais.
Morri e sobrevivi mil vezes, mil meses, mil anos...
Engamos todos temos, seja real, virtual... Isso no humano é visceral!
Ainda hoje estou sentada a olhar o nada que restou. _Nada ficou!
Nem mesmo o voo que me levou a ti, nem mesmo o tempo que o ventou de mim,
nem mesmo nada além da estrada, traçada num mapa que já rasgou,
porque me esqueci de acordar. A chuva o molhou e tua rota se esfarelou.
Edna Fialho
Poema escrito em agosto de 2008.