NEBLINA

NEBLINA

Vi-me numa selva sem escudo.

Sua desligada, ida repentina,

Jogou-me em fumaça de neblina.

Senti que o mundo ficara mudo...

Seus olhos com luz de lamparina,

Distribuía raios nas manhãs de neblina.

O seu perfume roçava a minha narina.

O seu corpo se perdia na minha retina.

Minha alma se aquecia em seu véu.

Com os olhos eu consumia o seu riso:

Em plena terra eu habitava o paraíso.

Você inteira transformava-se em céu.

Você se fazia primavera sem ter uma flor.

Fazia-se dançante sem ter uma melodia

E nos pequenos gestos, causava minha alegria.

No coquetel de sua boca me cedia seu licor...

Amor, eu dormi em cama de saudade.

Em vôo, o meu pensamento te procurou.

Em desespero, chorei pela felicidade:

O tempo, à neblina sugou... Você voltou!

Benjamines

Benjamines
Enviado por Benjamines em 29/12/2010
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