Também é amor a negação
Mesmo que eu sinta o amor,
Que eu saiba adormecê-lo, quando necessário for
Porque alguns precisam encontrá-lo
Porque alguns não sabem aproveitá-lo
Porque alguns querem enganá-lo
Mesmo que eu sinta o amor
Que eu saiba calar e dizer não
Para que não me prejudique, sem razão,
Pois há de se ensinar a lição...
Também é amor a negação!
É preciso crescer, para a compreensão
É preciso viver, em eterna evolução
É preciso rever a sua posição
E muitas vezes, é preciso pedir perdão
Mas não deixe que do amor
Seja feito abuso, não!
Do amor, só se deve esperar a colheita
Assim, sutilmente, feita
Quando o riso é deleite
Se é aquela felicidade, que a alma aceite!
Sem esperar troca, mas se houver...
Seja como provar, o doce manjar dos deuses, de colher
Seja ver estrelinhas brilhar no olhar e saber
Que não é pra possuir, apenas reconhecer
Que o amor é intocável, mas perceptível
É sentido, praticado em pequenos gestos
É uma força divina, incrível
Quem o possui, não espera do outro algo
Surpreende-se com seus atos
Quando revelado, é perfume espalhado
É presença aceita, esperada,
Mesmo se for sem contato, torna-se grato
Por estar entre todos, sem contrato,
Sem papel, sem limites, sem deslizes, amplidão
Apenas lições a serem absorvidas, sem feridas
Amor é dar-se, doar-se, sem medidas
Mas também é recolher-se, proteger-se
Em defesa e em prol da própria e/ou de outras vidas!