Poema 0852 - Fazer amor
Teu corpo estava salgado,
mas com cheiro de flor,
amor com gosto de doce,
e paixão, que queima viril.
Assisto de cima, a cena, a boca,
o calor que forte me leva até a lua,
tento desmentir, não chego ao fim,
e o prazer não perdoa, ejacula.
Aproxima o sonho de amar,
antes não pense, se dê,
dá o que o corpo oferece,
e goze amor mesclado à paixão.
Abra o champagne, faz borbulhas,
na boca que dá prazer, desce,
desliza o ventre abaixo do umbigo,
e sobe prazer que me queima.
Responda ao impulso, vem, sobe,
se solte, ataca a pélvis lambuza,
desconsidera o tempo, o liquido,
e morda devagar, meu lábio, beije.
Volte à beirada e traz o cigarro,
o peito, espera a cabeça,
repouse, deite seus pensamentos,
escreva na agenda, ''amanhã fazer amor''.
20/10/2006