Que não sejam essas maltrapilhas
emoções filhas de uma insana ilusão
só o que me move nessa imensa trilha,
de um lado a outro sem direção.
Palavra por palavra tudo o que hesita
uma triste poesia a por em tudo um fim,
o que de mim e nem para mim evita.
Essa dor tão minha a doer assim,
e em mim o que se chama dor
não é menos que dor que não alivia.
Seria o que me move tanto por amor,
ou seria amor o que mais me angustia,
que não seja numa noite assim tão linda,
que não se perca para sempre no que silencia.
Maltrapilha ou não essa emoção infinda
que começa e termina em poesia
e passa por um amor que nunca finda.
E fica aí a doer tanto essa dor ainda,
dor de amor que nunca mais silencia.



Praia Grande-SP, em 22/12/2010
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 27/12/2010
Reeditado em 29/07/2021
Código do texto: T2694687
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