Despida de adornos
tua imagem
olha-me versos
que não fiz

Em migalhas esfarelo-me
poemas
caídos pelos pulsos
da ulceração

por visão tua que provoca
nua
lampejo que me toca
os véus

Ah, esses céus azuis de seda
rasgam-me
por onde fui nuvens

ventos colibris
cruzam-me os agoras

e aromas de ti
perfumam-me amoras
Mirea
Enviado por Mirea em 26/12/2010
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