Nas horas sombrias

Nas horas sombrias, quando o véu da

noite sutilmente cai por sobre a cidade,

e os olhos vertem lágrimas de saudade,

penso em ti e no que já fomos.

Sim, já fomos.

Passado que o tempo esconde

nas dobras da página do velho

diário, nas estrelinhas

do sentimento partido,

não mais repartido.

Bandeira compôs “A cinza

das horas”, Calcanhotto musicou

um verso e cá, a Poetisa

esquecida da rosa vermelha,

quiça rosa dos ventos,

escreve sobre as horas sombrias.

Versos?

Poemas?

Não.

Apenas o resquício de uma

doce lembrança bebida

na taça do esquecimento.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 25/12/2010
Código do texto: T2691396
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