CARÍCIA
– Para Andréa
“Sorver co’os lábios trêmulos
Em teus lábios de amor o nome santo
E de gozo de amor louco, sedente
Viver a eternidade num momento.”
Castro Alves.
Na inquietação da hora triste,
tudo é nada e nada é sonho.
Espinho e alfinete
produzem a mesma dor.
Chorar não mais resolve
quando – inquieta – a mão
propõe o canto triste
a escoar nos olhos,
que nada mais são
do que o espelho do espanto doido
de não mais ver o meu rosto
e sim a silhueta amada
– indormida –
no coração antigo.
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 32. Formato alterado.
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2688536