EU JAMAIS SERIA POETA
Eu jamais seria um poeta
Porque pra mim poesia,
É entrar pelos teus olhos;
Como a noite engole o dia.
Perder assim minha razão,
Expondo meu coração,
A morrer na solidão,
Sem a tua companhia.
É ver o céu sobre a relva,
No seu silencio deitado.
E caminhas num chão de estrelas,
Como um ser encantado.
Perder assim minha razão,
Expondo meu coração,
A morrer na solidão,
Sem ter-te moça ao meu lado.
É beber o néctar dos deuses,
Esse que chamam de mel...
Correr feito um cometa,
Entre a terra e o céu.
É perder a própria razão,
Envolvido numa paixão,
Amando a solidão...
Queimar como um fogaréu.
É amar o menestrel,
Preso ao seu violão.
Dormir abraçado ao travesseiro,
Sentido o coração...
Correndo atrás da esperança,
De voltar a ser criança,
Só pra no teu colo se deitar...
E sem receio te amar,
Incendiado nessa paixão.