EU JAMAIS SERIA POETA

Eu jamais seria um poeta

Porque pra mim poesia,

É entrar pelos teus olhos;

Como a noite engole o dia.

Perder assim minha razão,

Expondo meu coração,

A morrer na solidão,

Sem a tua companhia.

É ver o céu sobre a relva,

No seu silencio deitado.

E caminhas num chão de estrelas,

Como um ser encantado.

Perder assim minha razão,

Expondo meu coração,

A morrer na solidão,

Sem ter-te moça ao meu lado.

É beber o néctar dos deuses,

Esse que chamam de mel...

Correr feito um cometa,

Entre a terra e o céu.

É perder a própria razão,

Envolvido numa paixão,

Amando a solidão...

Queimar como um fogaréu.

É amar o menestrel,

Preso ao seu violão.

Dormir abraçado ao travesseiro,

Sentido o coração...

Correndo atrás da esperança,

De voltar a ser criança,

Só pra no teu colo se deitar...

E sem receio te amar,

Incendiado nessa paixão.

Luiz Pereira
Enviado por Luiz Pereira em 23/12/2010
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