AMORES ESCONDIDOS
Eu não sei se o amor bandido
É aquele que se parece com pecado,
Que se atreve a viver escondido
Mesmo sabendo que o rotulam de “errado”.
Como, às vezes, machuca, entristece,
Isola, exila... E como dói...
Depois, no prazer, ele se esquece,
Dos deveres, da razão que o corrói...
Ele é livre e não tem liberdade.
É pecado, mas sabe que é puro.
Ele é uma verdade que a verdade
Obriga a viver no escuro...
São tantos os amores desse jeito,
Que de amar não têm o direito,
Estão fora do rótulo dos “normais”.
Eles vivem assim mesmo, em pecado.
São felizes, por momentos, embora errados,
São livres como os animais...