Suspiros noturnos
Divagas minha alma, suspirosa
Ao colher uma rosa em onírico jardim
Entrajando-me do carmim que dimanar dela
E vendo o bailado duma estrela, como se o céu estivesse em festim
Divagas minha alma, suspirosa
Ao ver no céu, tão formosa, a decantada Lucina
Como a musa que se destina à ansiedade aplacar
De meus olhos a enamorar fugidia imagem de menina
Divagas minha alma, suspirosa
Sorvendo a paz deleitosa de quem no encanto se embebe
No rocio da noite - e recebe abluência
A lhe perpassar na essência - e a transmutar-se se atreve.