O seu olhar de natureza torta
O seu olhar à escondida por detrás da brisa
A me espiar, anuviado pela natureza morta.
Como um amor endoidecido a se esconder
Com olhar de mau-olhado por detrás da porta.
Na procura de entender o que não pode ver;
E que este anjo torto do seu amor precisa
Para definitivamente parar de sofrer.
Esta “divina comédia é humana” e antiga
E nela há o sentimento de razão ambigua.
E você a me espiar com seu pensamento
Parindo o ciúme de seu sexto sentido...
E a transformar o amor em lamento.
Sem ser isto que eu haja querido.
Mesmo assim aqui prevalece a arte
De formosos frutos em alto relevo,
Colhidos do próprio plantio da sorte
E relevados no seu próprio enlevo
Advindo de pincéis de mão mestra
Sobre esta tela de natureza morta
Onde esta formosa arte se mescla.
Acho que Deus está inserido
Ou neste contexto envolvido.
jbcampos